(Zc 2,5-9.14-15; Sl Jr 31; Lc
9,43-45)
25ª Semana do Tempo Comum.
Para “casar” com o tema da reconstrução do templo de
Jerusalém, a liturgia nos propõe a profecia de Zacarias; conforme o costume
antigo de murar as cidades para se defender dos inimigos, não será necessário
um muro, Deus mesmo será a proteção de seu povo. Ele mesmo habitará em meio ao
seu povo.
A parte final desse texto de hoje nos remete ao mistério da
encarnação, quando por meio da Virgem Santa, o Senhor entrou na nossa história,
habitou entre nós. Nós somos esse povo que vive na nova cidade construída por
Cristo após a ressurreição, a Igreja, cidade plena de alegria porque o Senhor
está no seu meio.
O evangelho faz eco ao texto do domingo anterior. Lucas anuncia
a paixão de Cristo e a perplexidade dos discípulos que não entendem e nem
querem entender. A paixão é algo difícil de aceitar porque vai na contramão dos
sonhos humanos, nos quais a glória se dá sem sofrimentos, enquanto Deus
glorifica através da provação que transforma o ser humano para leva-lo a união com Ele.
Juntos com Maria e José que viveram essa intensa presença do
Senhor junto a eles, elevemos nossa oração desse dia pedindo ao Senhor uma
compreensão sempre maior dos seus mistérios para comungarmos sempre de Sua
alegria.
Pe. João Bosco Vieira Leite