Sexta-feira, 11 de setembro de 2015


(1Tm 1,1-2.12-14; Sl 15[16]; Lc 6,39-42) 
23ª Semana do Tempo Comum


Hoje se inicia a leitura da 1ª carta de São Paulo a Timóteo, classificada, juntamente com a segunda e a carta a Tito, como carta pastoral. Como sempre, Paulo faz sua saudação bastante afetiva e consciente do mistério da ação divina nele e na comunidade. Num estilo diferente, essas cartas pastorais nos oferecem um quadro da vida e da organização das primeiras comunidades cristãs. Na carta que iniciamos a leitura se coloca em evidência, primeiramente a ação salvífica de Deus, em segundo lugar trata da Igreja, casa de Deus, espaço onde se realiza a salvação, onde as relações sinalizam a familiaridade e o desejo de servir e por último aparece a resposta dos cristãos ao amor do Senhor, que consiste na fé, na esperança e na caridade. Tenhamos em vista esses elementos apara acolher a mensagem do nosso autor.

Falando em vivência fraterna, Jesus nos adverte que estar juntos não cria necessariamente uma fraternidade. A comunidade cristã deve buscar viver de acordo com as indicações do coração divino para viver realmente como irmãos. Ele é a luz para enxergarmos a realidade a partir de nós mesmos. Um cego não guia outro cego. No seu evangelho Jesus nos coloca atentos a nossa tendência de criticar os outros sem dar-se conta dos nossos defeitos. Meus defeitos são também um peso para o outro que deve caminhar ao meu lado. Um humilde discernimento deve me levar a refletir antes de chamar a atenção do outro, ou ao menos a considerar o modo como chegarei ao outro.

Não é atoa que a jaculatória “fazei o nosso coração semelhante ao vosso” do Apostolado da Oração é uma atitude de lembrança contínua do que deveríamos buscar: mansidão e humildade.


Pe. João Bosco Vieira Leite