(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9)
25ª Semana do Tempo Comum
Do breve livro do profeta Ageu a liturgia nos oferece dois
trechos essa semana. Sua atividade profética foi muito curta e está situada
nesse período do retorno a pátria. A pregação de Ageu deixa entrever que entre
os repatriados se propagou o desânimo, de modo que se limitaram a reconstruir
suas casas e trabalhar seus campos, descuidando a reconstrução do templo e os
anseios de independência. O profeta analisa a causa teológica do fato: o
descuido do templo ou das coisas do Senhor é a causa, segundo o profeta, de tal
sofrimento.
A reprovação do profeta cai como um exame de consciência
sobre a nossa relação com Deus em meio às tantas coisas do nosso dia a dia. As
prioridades que vão tomando todo o nosso tempo e o que verdadeiramente
oferecemos dele a Deus. O amor próprio, o egoísmo e a indolência se escondem
por trás das desculpas que vamos dando a nós mesmos.
Enquanto isso Lucas nos comenta da inquietação de Herodes
com a comparação que fazem entre Jesus e João Batista. Toda forma de poder que
depende da eliminação de seus críticos para se manter nunca terá sossego
enquanto não admitir que pode errar nas suas escolhas. O filho repete a mesma
intenção do pai em querer “ver” Jesus, mas sem fé dificilmente veremos o que
Deus nos propõe, sempre nos sentiremos ameaçados por sua proposta.
Pe. João Bosco Vieira Leite