(Nm 21,4-9; Sl 77[78]; Jo
3,13-17)
Exaltação da Santa Cruz
A festa que hoje a Igreja celebra a remonta ao ano 335,
quando da dedicação de duas basílicas constantinianas em de Jerusalém no
Gólgota, a esta dedicação se liga a recordação do reencontro da Cruz sob o
mandato de Helena, mãe de Constantino.
Mais do que celebrar o fato histórico os dois textos, quase
como sequência do evangelho desse domingo, nos convida a levantar o olhar para
a cruz de Cristo e contemplar esse mistério de sofrimento-glorificação que ela
traz em si. A cruz é o símbolo e o compêndio da religião cristã.
“Será bom, para reagir contra um perigoso pessimismo,
revigorar nossa fé no contato com um crucifixo francamente triunfal, ao qual
pedimos algo mais do que aumentar nossa
capacidade de sofrimento, nossa possibilidade de resignação. Ela fortificará
nossa debilidade, infundirá vigor a nossa coragem. O crucifixo não seria um
remédio eficaz contra a desilusão, se não nos incutisse a esperança certa da glorificação,
que o fiel, por mais miserável que seja, entrevê e espera contemplando
docemente sua imagem. E é assim que ele nos conduzirá; mas, encaminhemo-nos na
via inteiramente sobrenatural, rumo àquele amor de dileção, que é a divina
caridade.” (J. G. Brousolle na Enciclopédia Cristológica)
Pe. João Bosco Vieira Leite