Quarta-feira, 23 de setembro de 2015


(Es 9,5-9; Sl Tb 13; Lc 9,1-6) 
São Pio de Pietrelcina


Nesse segundo trecho do livro de Esdras, eis que aparece aquele a quem se atribui a autoria. Ele é um escriba, doutor da lei, enviado a Jerusalém pelo rei da Pérsia, Artaxerxes. Esdras toma consciência dos muitos compromissos que a população estava a viver: sobretudo tinha se multiplicado os matrimônios mistos entre hebreus e não hebreus. Com energia ele chama a atenção do povo para o respeito da Lei, se não quer arriscar-se a perder a própria identidade, desaparecendo na massa das outras populações submetidas ao império persa. Nesse sentido podemos compreender essa leitura. Para nossa reflexão fica esse perigo da comunhão contínua e sempre maior das coisas “do mundo” e como estas podem nos roubar a nossa identidade e nos fazer esquecer o modo como fomos resgatados pelo amor misericordioso de Deus. O nosso salmo nos ajuda nessa compreensão.


Jesus está enviando os seus apóstolos, conforme Lucas, e lhes transmite poder  e autoridade para o bem daqueles com quem deverão encontrar. Para deixar claro que sua missão tem um caráter divino, lhes pede o exercício da confiança na providência divina: não levar nada. Deus faz da insuficiência humana o fundamento de sua obra salvífica. No esvaziamento de si, peçamos ao Senhor, reconstruir em nós a Sua morada.


Pe. João Bosco Vieira Leite