(Cl 1,24—2,3; Sl 61[62; Lc
6,6-11) 23ª Semana do tempo Comum
Paulo dá o seu testemunho do quão exigente foi o seu
trabalho missionário, admitindo que seu sofrimento comunga com o de Cristo para
salvar a tanto quantos nele creem. É verdade que Cristo morreu por todos, para
salvação do mundo, e sua paixão foi completa, mas em comunhão com Ele, morremos
um pouco no oferecimento de nosso tempo, paciência, força física, para o bem
daqueles que nos foram confiados.
Em cada existência, uma certa dose de sofrimento se faz
presente. Para o cristão ele é vivido em comunhão com Cristo, isto não só faz a
diferença, mas faz fecundo o que padecemos, talvez venha daí a alegria de Paulo
no seu sofrimento. É preciso pedir ao Senhor, em nossa oração, que nos ajude a
reconhecer a graça escondida nos momentos difíceis.
Foi difícil para Jesus convencer aos seus contemporâneos que
o ser humano estava no centro dos cuidados de Deus, e que mesmo sendo um
sábado, Deus estava operando o seu amor libertador. Assim ele traz para o
centro o homem de mão seca e o cura. Lucas salienta que era justamente a mão
direita, que muito deveria lhe prejudicar na liberdade dos gestos necessários a
um ser humano. Quando a norma ou a lei se torna mais importante que o ser
humano em si, perdemos de vista a particularidade, as situações e nos tornamos
cruéis.
Nossa oração pela pátria nesse dia. E temos muitas razões
para rezar...
Pe. João Bosco Vieira Leite