(Ef 4,1-7.11-13; Sl 18[19A];
Mt 9,9-13)
Festa de São Mateus
Nossa festa litúrgica nos brinda com esse texto de Paulo que
nos lembra que Deus concede a cada um a graça específica para que vivamos de
acordo com o chamado que Ele mesmo faz em nossa vida. Na diversidade de
funções, missões, vivemos a unidade da fé “com toda humildade e mansidão,
suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor”, complementa o apóstolo.
O próprio Mateus nos conta como se deu o chamado de Jesus em
sua vida e como ele se sentia diante de Deus: necessitado de médico que o
curasse, de misericórdia que o libertasse daquele estado medíocre em que tinha
se transformado a sua vida. Jesus “viu” em seu coração esse desejo de mudança,
de virada significativa, e foi ao encontro do seu desejo.
Se lembramos em Lucas a festa que o pastor faz por ter
encontrado a ovelha perdida, aqui é a ovelha que dá festa. Seu evangelho se
tornou um testemunho vivo dessa abertura de sua casa e de sua vida a Jesus.
Festa do coração agradecido.
Daquilo que nos fala Paulo e do testemunho de Mateus nos
fica claro que o fundamento do apostolado é ter recebido a misericórdia do
Senhor, compreendido e aceitado a própria pobreza e pequenez, e nesse espaço
existencial perceber quanta coisa Deus é capaz de realizar a partir de nós.
Todos podemos agradecer ao Senhor por sua infinita misericórdia,
reconhecendo-nos como pecadores perdoados, exultando de alegria pela bondade
divina.
Pe. João Bosco Vieira Leite