(Zc 8,1-8; Sl 101[102]; Lc
9,46-50)
26ª Semana do Tempo Comum.
Ainda no cenário da reconstrução da cidade de Jerusalém e o
seu templo, o profeta nos oferece esse belo texto, que em tons poéticos sonha
com a paz restabelecida. Nós também sonhamos com isso. Com o direito de ver
nossos idosos e crianças descansando e brincado em paz. Queremos esse sonho de
Deus também para nós diante da violência e sucateamento de nossas cidades e
praças. E não deixaremos de pressionar aqueles que também são responsáveis
pelas nossas cidades.
Os episódios que acompanhamos no evangelho de Marcos nestes
dois últimos domingos aparecem aqui reunidos em Lucas. A verdadeira
fraternidade nasce da humildade, não da discussão de quem é o maior. Essa
insistência de Jesus no tema deve ser consequência do que ele vinha observando
no dia a dia dos seus discípulos. A verdadeira grandeza está em pôr a serviço o
“poder” ou a responsabilidade recebida.
Jesus quer o chamar a atenção para a necessidade da
tolerância que torna possível também a fraternidade, mesmo com aqueles que não
pertencem ao nosso grupo, que fazem tão bem ou até melhor o que nós tentamos
fazer para o bem do ser humano. No seguimento de Cristo as pessoas não
respondem nem o seguem do mesmo modo. Peçamos ao Senhor esta abertura de
coração, para que em todas as comunidades cristãs a humildade, o serviço
recíproco e mútua tolerância.
Pe. João Bosco Vieira Leite