Quarta-feira, 9 de setembro de 2015


(Cl 3,1-11; Sl 144[145]; Lc 6,20-26) 
23ª Semana do Tempo Comum


Paulo fala aos colossenses dessa vida nova do batismo, da aspiração às coisas do alto que deve mover o seu coração e elevar o estilo de vida a um modo mais excelente, pelas virtudes e atitudes inspiradas pelo Espírito e no esforço de abandonar o “velho homem” sepultado no batismo. Aliás, a vida é feita de morte e ressurreição no cotidiano das coisas que deixamos morrer para abraçar o novo e eterno.

Paulo não pretende nos afastar das realidades comuns da vida, apenas elevar a nossa condição filial e cristã, experimentando, desde já essa vida nova que nos aguarda. Por isso escutamos no evangelho, de novo, as bem-aventuranças, na versão de Lucas. Como em outros textos, Lucas tem a consciência da pobreza material que cerca a vida de muitos e convoca a uma atitude de confiança e de luta na vivência da promessa divina sem deixar que o medo tenha a última palavra e intimidar minha ação em busca de justiça.


Pobreza é vida no limite entre a sobrevivência e a carência. Sua fome pode ser outra nesse momento do seu caminhar. Mas para todas elas Deus reserva o pão da Palavra, de Si mesmo, para todas as fomes que carregamos.


Pe. João Bosco Vieira Leite