(Cl 3,1-11; Sl 144[145]; Lc
6,20-26)
23ª Semana do Tempo Comum
Paulo fala aos colossenses dessa vida nova do batismo, da
aspiração às coisas do alto que deve mover o seu coração e elevar o estilo de
vida a um modo mais excelente, pelas virtudes e atitudes inspiradas pelo
Espírito e no esforço de abandonar o “velho homem” sepultado no batismo. Aliás,
a vida é feita de morte e ressurreição no cotidiano das coisas que deixamos
morrer para abraçar o novo e eterno.
Paulo não pretende nos afastar das realidades comuns da
vida, apenas elevar a nossa condição filial e cristã, experimentando, desde já
essa vida nova que nos aguarda. Por isso escutamos no evangelho, de novo, as
bem-aventuranças, na versão de Lucas. Como em outros textos, Lucas tem a
consciência da pobreza material que cerca a vida de muitos e convoca a uma atitude
de confiança e de luta na vivência da promessa divina sem deixar que o medo
tenha a última palavra e intimidar minha ação em busca de justiça.
Pobreza é vida no limite entre a sobrevivência e a carência.
Sua fome pode ser outra nesse momento do seu caminhar. Mas para todas elas Deus
reserva o pão da Palavra, de Si mesmo, para todas as fomes que carregamos.
Pe. João Bosco Vieira Leite