(At 16,22-34; Sl 137[138]; Jo 16,5-11) 6ª Semana da Páscoa.
“E quando vier, ele demonstrará
ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento” Jo
16,8.
“O Defensor enviado pelo Senhor
tem uma missão a exercer junto aos discípulos. Mas, sua ação terá, também, o
efeito de revelar, em todas as suas dimensões, a malícia do mundo. Essa
consistiu em rejeitar Jesus, o Filho enviado de Deus, a ponto de submetê-lo à
infamante morte de cruz. Por isso, será submetido a um implacável julgamento,
por ter matado o inocente, ressuscitado pelo Pai. A contraposição
discípulo-mundo transforma-se em oposição Defensor-mundo. O combate, sem
tréguas, do mundo contra os discípulos, revela-se um combate previamente
fracassado, contra o próprio Deus. Se o destino do mundo é o julgamento, os
discípulos não têm por que temer, pois o mundo está destinado à derrota
inevitável. O discípulo não tem motivos para dar ouvidos às insídias mundanas.
Deixando-se guiar pelo Defensor, estará no caminho seguro. Este será seu escudo
e proteção. No ato de defender o discípulo de Jesus, o Defensor submete o mundo
ao julgamento. Quanto mais o discípulo se deixa proteger, tanto mais fica
patente a fragilidade do mundo. O Defensor, em última análise, revela a
inconsistência dos valores mundanos. Nenhum deles haverá de prevalecer. O
discípulo sensato, ao perceber isto, será levado a descobrir quanto vale pôr-se
sob a proteção do Espírito Santo do Senhor – Senhor Jesus, que eu
jamais me deixe levar pelos valores inconsistentes do mundo, pois eles não
subsistirão ao julgamento divino” (Pe. Jaldemir Vitório, sj
– O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite