Terça, 07 de maio de 2024

(At 16,22-34; Sl 137[138]; Jo 16,5-11) 6ª Semana da Páscoa.

“E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento” Jo 16,8.

“O Defensor enviado pelo Senhor tem uma missão a exercer junto aos discípulos. Mas, sua ação terá, também, o efeito de revelar, em todas as suas dimensões, a malícia do mundo. Essa consistiu em rejeitar Jesus, o Filho enviado de Deus, a ponto de submetê-lo à infamante morte de cruz. Por isso, será submetido a um implacável julgamento, por ter matado o inocente, ressuscitado pelo Pai. A contraposição discípulo-mundo transforma-se em oposição Defensor-mundo. O combate, sem tréguas, do mundo contra os discípulos, revela-se um combate previamente fracassado, contra o próprio Deus. Se o destino do mundo é o julgamento, os discípulos não têm por que temer, pois o mundo está destinado à derrota inevitável. O discípulo não tem motivos para dar ouvidos às insídias mundanas. Deixando-se guiar pelo Defensor, estará no caminho seguro. Este será seu escudo e proteção. No ato de defender o discípulo de Jesus, o Defensor submete o mundo ao julgamento. Quanto mais o discípulo se deixa proteger, tanto mais fica patente a fragilidade do mundo. O Defensor, em última análise, revela a inconsistência dos valores mundanos. Nenhum deles haverá de prevalecer. O discípulo sensato, ao perceber isto, será levado a descobrir quanto vale pôr-se sob a proteção do Espírito Santo do Senhor – Senhor Jesus, que eu jamais me deixe levar pelos valores inconsistentes do mundo, pois eles não subsistirão ao julgamento divino (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite