Quinta, 9 de maio de 2024

(At 18,1-8; Sl 97[98]; Jo 16,16-20) 6ª Semana da Páscoa.

“Pouco tempo ainda e já não me vereis. E outra vez um pouco tempo e me verei de novo” Jo 16,16.

“A presença física de Jesus foi criando laços entre ele e os discípulos. Esta forma de contato não podia durar para sempre. E Jesus anteviu, para breve, sua volta ao Pai. Dentro de pouco tempo os discípulos não mais o veriam. Eles, entretanto, não se davam conta de que o Mestre estava aludindo à sua morte e a sucessiva ida para junto do Pai. As palavras de Jesus funcionavam como chave de leitura para sua morte. Esta não seria o fim trágico de sua carreira, mas sim sua transição da história humana para a comunhão com o Pai. Outra chave de leitura estava contida no contraste entre o choro dos discípulos e a alegria do mundo. Os adversários de Jesus ficariam contentes ao vê-lo suspenso num madeiro, certo de terem reduzido a nada todo o seu ideal. Os discípulos lastimariam a perda do amigo querido, a quem tinham dedicado suas vidas. Todavia, esta realidade seria revertida. A Ressurreição do Senhor e sua consequente ida para junto do Pai seriam motivo de júbilo para os discípulos, ao passo que a arrogância de seus inimigos ficaria anulada. A pretensa vitória destes sobre Jesus redundaria em derrota, pela manifestação de Deus na vida de seu Filho. A ida para o Pai seria o destino de Jesus. Por isso, os discípulos deveriam se alegrar. A ausência temporária se transformaria em presença perpétua. A tristeza dos discípulos não impediu Jesus de seguir seu caminho. – Senhor Jesus, que meu coração se alegre por saber-te junto do Pai, donde te fazes presença constante na minha caminhada (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite