(At 18,23-28; Sl 46[47]; Jo 16,23-28) 6ª Semana do Tempo Pascal.
“Até agora nada pediste em meu
nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” Jo
16,24.
“O tema central do discurso de
Jesus e que os discípulos não compreendem é o significado da Sua partida e do
Seu regresso. O Evangelho sublinha particularmente os temas da oração
incessante e da alegria. Cristo ressuscitado manifestará a Sua presença com o
dom da alegria (v. 24), da oração eficaz (vv. 23-24.26-27), da revelação
aberta: ‘Falar-vos-ei claramente do Pai’ (v. 25). Em que consiste esta
explicação posterior prometida pelo Mestre? [Compreender a Palavra:] O
evangelista retoma uma palavra de Jesus conhecida da tradição sinótica: ‘Pedi,
e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á’ (Mt 7,7; Lc
11,9). Com alguns esclarecimentos: é um pedido dirigido ao ‘Pai’, é um pedir e
receber ‘em nome de Jesus’; é um pedir e receber ‘para que a vossa alegria seja
completa’. A alegria deve, pois, caracterizar o tempo presente: ela é fruto da
oração de pedido, constantemente renovada. O convite à oração e à alegria está
inserido num contexto preciso: Jesus fala disso na iminência da Sua crucifixão.
A alegria não está, então, na ausência da Cruz mas em compreender que o
Crucificado não é derrotado, e que portanto a alegria deve ser vista de forma
diferente. A alegria cristã não é só uma alegria que passa através da Cruz, mas
mais profundamente é uma alegria que vem de Deus, um dom (v. 24) que a Ele
retorna. Ela ampara o fiel porque se apoia na fidelidade do Senhor, é firme e
vitoriosa apesar dos equívocos da História e da própria força do pecado” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite