Sábado, 11 de maio de 2024

(At 18,23-28; Sl 46[47]; Jo 16,23-28) 6ª Semana do Tempo Pascal.

“Até agora nada pediste em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” Jo 16,24.

“O tema central do discurso de Jesus e que os discípulos não compreendem é o significado da Sua partida e do Seu regresso. O Evangelho sublinha particularmente os temas da oração incessante e da alegria. Cristo ressuscitado manifestará a Sua presença com o dom da alegria (v. 24), da oração eficaz (vv. 23-24.26-27), da revelação aberta: ‘Falar-vos-ei claramente do Pai’ (v. 25). Em que consiste esta explicação posterior prometida pelo Mestre? [Compreender a Palavra:] O evangelista retoma uma palavra de Jesus conhecida da tradição sinótica: ‘Pedi, e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á’ (Mt 7,7; Lc 11,9). Com alguns esclarecimentos: é um pedido dirigido ao ‘Pai’, é um pedir e receber ‘em nome de Jesus’; é um pedir e receber ‘para que a vossa alegria seja completa’. A alegria deve, pois, caracterizar o tempo presente: ela é fruto da oração de pedido, constantemente renovada. O convite à oração e à alegria está inserido num contexto preciso: Jesus fala disso na iminência da Sua crucifixão. A alegria não está, então, na ausência da Cruz mas em compreender que o Crucificado não é derrotado, e que portanto a alegria deve ser vista de forma diferente. A alegria cristã não é só uma alegria que passa através da Cruz, mas mais profundamente é uma alegria que vem de Deus, um dom (v. 24) que a Ele retorna. Ela ampara o fiel porque se apoia na fidelidade do Senhor, é firme e vitoriosa apesar dos equívocos da História e da própria força do pecado” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma - Páscoa] – Paulus).   

Pe. João Bosco Vieira Leite