Segunda, 20 de maio de 2024

(Gn 3,9-15.20; Sl 86[87]; Jo 19,25-34) Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja.

“Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena”

Jo 19,25.

“Maria não estava com Jesus no Domingo de Ramos. Não ouviu os ‘Hosanas!’, nem sentiu a excitação ardente de sua aclamação pública e da entrada triunfal em Jerusalém. O retrato final de Maria nos Evangelhos é a cena terrível do Calvário. Lá está ela, corajosamente aos pés da cruz, vendo seu filho morrer lenta e dolorosamente. E, quando o céu escurece, ela segura o corpo morto do filho em seus braços trêmulos. Michelangelo esculpiu no mármore um belo tributo a essa jovem mulher. Parece um tributo a seu ‘sim’ à vontade de Deus. Na estátua, Maria segura Jesus em seus braços, olhando seu corpo dilacerado com a ternura e a amorosa compaixão de mãe. Michelangelo chamou sua estátua de ‘Pietà’. Maria é a mulher que, com todo o seu coração, queria apenas a vontade de Deus; que disse ‘sim’, mas sem compreender tudo quanto ele envolvia. Mas confiava em Deus, confiava em seu amor por ela, confiava em sua sabedoria e suas formas de agir, mesmo quando não compreendia. O resumo feito por Michelangelo de sua incrível façanha é uma única palavra: PIETÀ. Ela disse ‘sim’ à vontade de Deus e foi leal até o fim. O cristão que realmente assumiu a ideia de Cristo que o Senhor nunca falou realmente de sucesso, mas apenas de ‘lealdade’, de pietà. Quando vemos nossa vida cristã de acordo com a perspectiva do Evangelho, a aceitação da vontade de Deus é a única verdadeira eterna coroa de louros. Que um anjo possa escrever em nosso túmulo, no seu e no meu, o epitáfio apropriado para sintetizar nossa vida nessa terra: PIETÀ” (Jonh Powell, sj – As Estações do Coração – Loyola).   

Pe. João Bosco Vieira Leite