(Tg 4,13-17; Sl 48[49]; Mc 9,38-40) 7ª Semana do Tempo Comum.
“Quem não é contra nós é a
nosso favor” Mc
9,40.
“Os discípulos eram ciosos
de sua condição de participantes privilegiados da missão de Jesus. Quiçá
tivessem a tentação de formar um grupinho seleto e fechado para novas adesões.
Daí sua irritação quando viram alguém expulsar demônios, em nome de Jesus, sem pertencer
explicitamente, ao grupo dos doze. Jesus tenta alagar-lhes os horizontes e
fazê-los perceber que existem agentes do Reino, onde menos se espera. Quem
realmente realiza uma ação taumatúrgica, invocando o nome de Jesus, está
proclamando, abertamente, sua condição de discípulo, mesmo não fazendo parte do
grupo dos doze. O discipulado, portanto, estende-se para além do grupinho
inicial, num raio muito mais amplo. De certo modo, o grupo primitivo devia
funcionar como semente de um movimento tendente a crescer e a se tornar
incalculável. O protesto dos discípulos, em última análise, era motivado pela
incapacidade de manter, sob controle, a propagação dos benefícios do Reino.
Jesus não se opunha que a coisa fosse assim. Antes, é assim mesmo que deveria
ser. O surgimento de novos discípulos e dispensadores do Reino não podia ser
motivo de tristeza e preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número deles,
tanto melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de
pessoas. – Senhor Jesus, possa eu alegrar-me com o crescimento do
número de seus discípulos, pelos quais o Reino vai espalhando seus frutos na
história humana” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de
Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite