Quarta, 22 de maio de 2024

(Tg 4,13-17; Sl 48[49]; Mc 9,38-40) 7ª Semana do Tempo Comum.

“Quem não é contra nós é a nosso favor” Mc 9,40.

“Os discípulos eram ciosos de sua condição de participantes privilegiados da missão de Jesus. Quiçá tivessem a tentação de formar um grupinho seleto e fechado para novas adesões. Daí sua irritação quando viram alguém expulsar demônios, em nome de Jesus, sem pertencer explicitamente, ao grupo dos doze. Jesus tenta alagar-lhes os horizontes e fazê-los perceber que existem agentes do Reino, onde menos se espera. Quem realmente realiza uma ação taumatúrgica, invocando o nome de Jesus, está proclamando, abertamente, sua condição de discípulo, mesmo não fazendo parte do grupo dos doze. O discipulado, portanto, estende-se para além do grupinho inicial, num raio muito mais amplo. De certo modo, o grupo primitivo devia funcionar como semente de um movimento tendente a crescer e a se tornar incalculável. O protesto dos discípulos, em última análise, era motivado pela incapacidade de manter, sob controle, a propagação dos benefícios do Reino. Jesus não se opunha que a coisa fosse assim. Antes, é assim mesmo que deveria ser. O surgimento de novos discípulos e dispensadores do Reino não podia ser motivo de tristeza e preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número deles, tanto melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de pessoas. – Senhor Jesus, possa eu alegrar-me com o crescimento do número de seus discípulos, pelos quais o Reino vai espalhando seus frutos na história humana (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite