(At 19,1-8; Sl 67[68]; Jo 16,29-33) 7ª Semana do Tempo Pascal.
“Eis que vem a hora – e já
chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só.
Mas eu não estou só, porque o
Pai está comigo” Jo 16,32.
“Os discípulos fizeram uma longa
caminhada de fé, durante a qual foram percebendo as exigências do seguimento de
Jesus. Mas, a assimilação prática destas exigências foi acontecendo
paulatinamente, estando para concluir a etapa terrena de sua missão, Jesus
estava convencido de que seus discípulos não seriam capazes de manter a
fidelidade diante da provação que se avizinhava. Ele bem sabia que haveriam de
abandoná-lo. Esta experiência dos primeiros discípulos serve de alerta para
quem pretende pôr-se no seguimento do Senhor. É impossível descartar a
eventualidade de ser infiel à própria fé, de modo especial em tempos de
provação. Aí a certeza fica sujeita à dúvida, a fortaleza da fé pode ser abalada,
e a adesão ao Senhor ser posta em xeque. Jesus alertou seus discípulos a terem uma
confiança inabalável nele, uma vez que o mundo fora vencido. Confiar é
entregar-se totalmente a Jesus e deixar-se guiar por ele, mesmo faltando
certezas. É renunciar aos próprios juízos para pensar com Jesus e como Jesus. É
ter coragem de caminhar na escuridão, com a pequena luz oferecida pelo Senhor.
Este caminho indicado por Jesus poderá precaver o discípulo do risco da queda.
Em todo caso, é imprevidente quem confia nas próprias forças e capacidades,
prescindindo do auxílio divino. A queda, nesse caso, será inevitável. – Senhor
Jesus, livra-me da pretensão de caminhar por minha própria conta. Que eu me
deixe sempre guiar por ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj
– O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite