Quarta, 24 de janeiro de 2024

(2Sm 7,4-17; Sl 88[89]; Mc 4,1-20) São Francisco de Sales.

“Por fim, aqueles que receberam a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem

e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um” Mc 4,20.

“’Se erro, prefiro que seja por excesso de bondade que por demasiado rigor’. Nessa afirmação está o segredo da simpatia que são Francisco desfrutava entre os seus contemporâneos. Nasceu em 1567 no castelo Sales (nobre família em Saboia). A extraordinária mansidão que possuía era fruto de muitos esforços e trabalhos e não algo inato como tantos podiam pensar. Certa vez disse: ‘Vocês querem que eu perca num quarto de hora aquele pouco de mansidão que adquiri em vinte anos de luta?’ Laureou-se em jurisprudência pela universidade de Pádua, decepcionou as pretensões do pai, quando aos 26 anos, abraçou a carreira eclesiástica. Queria pregar o Evangelho entre os calvinistas de Genebra. Os resultados das pregações estavam sendo escassos. Resolveu então imprimir volantes e coloca-los debaixo das portas, nos muros e por toda parte. Por isso ele tornou-se o patrono da escrita para difundir as verdades reveladas por Deus. Ainda assim não teve muito sucesso. O duque de Saboia quis ajuda-lo, mas estava por fora dos esquemas do santo, pois era intolerante. Ele preferiu batalhar sozinho com toda a caridade e mansidão. Escreveu dois tratados que lhe deram o título de doutor da Igreja: ‘Introdução à vida devota’ e ‘Tratado do amor de Deus’. O ‘Tratado do amor de Deus’ serviu para muitos hereges voltarem à Igreja. Aos trinta e dois anos era bispo auxiliar e dois anos mais tarde já era bispo titular de Genebra. Introduziu na diocese as reformas do concílio de Trento. Foi diretor espiritual de S. Vicente de Paulo e de S. Francisca de Chantal (com ela fundou a Ordem da Visitação). Morreu em Lião em 28 de dezembro de 1622. Foi canonizado em 1655. Sua festa é celebrada, conforme o novo calendário, no dia 24 de janeiro, dia em que seu corpo foi levado à sepultura definitiva, em Anecy” (Mario Sgarbosa e Luigi Giovannini – Um Santo para cada Dia – Paulus). 

Pe. João Bosco Vieira Leite