(2Sm 24,2.9-17; Sl 31[32]; Mc 6,1-6) 4ª Semana do Tempo Comum.
“Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: ‘De onde recebeu ele tudo
isso? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são
realizados por suas mãos?’” Mc 6,2.
“A
sabedoria que Jesus manifestava em seus ensinamentos deixava atônito o povo de
sua cidade. Este não podia entender como o filho de um carpinteiro, conhecido
de todos, podia falar com tanta segurança a respeito de coisas tão sublimes.
Outro argumento: Jesus convivia com eles e seus parentes. Tudo dentro da mais
total normalidade, sem nada de extraordinário. Também não constava que o Mestre
tivesse sido instruído por algum rabino famosos da época. Resultado:
recusaram-se a dar crédito às palavras dele. Antes, puseram-nas sob suspeita.
Efetivamente, o povo de Nazaré não podia valorizar a sabedoria de Jesus, por
julgá-la a partir de critérios humanos. A fonte da sabedoria do Mestre, porém,
radicava-se no Pai, cujas palavras proclamava. Não era uma sabedoria adquirida
com os meios humanos, nem tinha como ponto de partida concepções humanas. Suas
palavras tinham o Pai como origem. Elas eram palavras que o Pai queria
dirigir-se à humanidade. Por isso, era inútil comparar o ensinamento de Jesus
com o dos mestres da Lei. Havia entre eles uma enorme diferença. Jesus refez o
caminho dos profetas rejeitados em sua própria terra, pelos de sua própria
casa. O discípulo arrisca-se a rejeitar Jesus, se não reconhecer a origem
divina de suas palavras. – Senhor Jesus, possa eu reconhecer a origem
de tuas palavras e acolhê-las como expressão da sabedoria divina” (Pe. Jaldemir Vitório, sj
– O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite