Sábado, 06 de janeiro de 2024

(1Jo 5,5-13; Sl 147[147B]; Mc 1,7-11) Oitava de Natal antes da Epifania.

“João pregava, dizendo: ‘Depois de mim virá alguém mais forte do que eu.

Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias’” Mc 1,7.

“No início do evangelho sobressai a figura de João Batista. É ele a voz que clama no deserto, convocando os homens a prepararem o caminho do Senhor. Marcos cita Isaías, fazendo uso da tradução grega chamada Septuaginta. Com o termo ‘Senhor’, o profeta visara certamente Deus. Para Marcos é Jesus o ‘Senhor’. João prepara o caminho para Jesus, o verdadeiro senhor desse mundo. Ele convida as pessoas a prepararem as estradas de seu coração para que Jesus, entrando nelas, possa enchê-las com seu espírito. Em seguida, Marcos descreve João como um grande asceta que, como os beduínos daquela época, veste uma túnica de pelo de camelo e se alimenta de gafanhotos e mel silvestre. Marcos não menciona sua pregação sobre a conversão. Apenas fala das referências a Jesus que, mesmo vindo depois dele, terá muito mais força do que ele. Batizará os homens com o Espírito Santo. O batismo de João era um batismo de conversão. Era um ritual em que as pessoas externavam o desejo de desfazer-se e lavar-se de seu passado, para começar uma vida nova segundo os mandamentos de Deus. O batismo sem conversão era inócuo. Já o batismo feito por Jesus entra numa outra dimensão. Neste, o ser humano fica repleto do Espírito Santo, que lhe dá condições de assumir um novo comportamento” (Anselm Grüm – Jesus, caminho para a liberdade – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite