Quinta, 18 de janeiro de 2024

(1Sm 18,6-9; 19,1-7; Sl 55[56]; Mc 3,7-12) 2ª Semana do Tempo Comum.

“Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: ‘Tu és o Filho de Deus!’” Mc 3,11.

“Estranho o fato de os endemoninhados terem gritado que Jesus era o Filho de Deus. Era como se fosse uma confissão de fé. Jesus reconheceu a verdade dessa declaração, mas proibiu-os, severamente, de ficarem dizendo quem ele era. É estranho, também, que a exclamação não tenha sido feita pelas multidões, vindas de tantos lugares diferentes, atraídas pela fama dos milagres realizados por Jesus. Era de se esperar que elas proclamassem sua fé no Mestre. Por que são os possessos os proclamadores da condição divina de Jesus? A teologia do Evangelho quer mostrar que Jesus, ao implantar o Reino na história humana, desbancou as forças do mal. Evidentemente, estas não se contentavam em ver seu poder reduzido, sem protestar. E quando eram vencidas, sabiam muito bem quem as estava vencendo. A proclamação pública da filiação divina de Jesus, posta na boca dos possessos, indica o nível profundo em que Jesus estava atuando. Sua ação a serviço do Reino deu origem a um autêntico combate, em que as forças ocultas do mal foram desmascaradas e confrontadas com um poder muito superior. Não lhes restava senão submeter-se e deixar o senhorio de Jesus acontecer na vida de quem, até então, era oprimido pelo espírito do mal. A presença libertadora do Filho de Deus expulsava toda sorte de espírito imundo instalado no coração humano. – Senhor Jesus, Filho de Deus, que a tua presença purifique meu coração do espírito do mal, que me mantem cativo do egoísmo (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite