Quarta, 01 de fevereiro de 2023

(Hb 12,4-7.11-5; Sl 102[103]; Mc 6,1-6) 

4ª Semana do Tempo Comum.

“Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas, de Simão?

Suas irmãs não moram aqui conosco?’ E ficaram escandalizados por causa dele” Mc 6,3.

“A baixa condição social de Jesus deu motivo para a incredulidade do povo da cidade onde crescera e fora educado. Sua volta a Nazaré foi ocasião de contratempos. O filho do carpinteiro, que tomara a palavra na sinagoga, não era um desconhecido. Antes, estava rodeado de discípulos cujas vidas estavam ligadas à dele. Apresentava-se, agora, como um rabi cujos ensinamentos rompiam as barreiras da normalidade e seu saber superava, em muito, o dos que o haviam preparado para função de rabino. Daí todos se perguntarem qual a origem de tamanha ciência. Sobretudo, seus milagres chamavam a atenção. Tratavam-se de prodígios espetaculares, coisa jamais vista! Como tudo isso era possível? Havia contradição entre o que viam e ouviam e a origem humilde daquele novo mestre. O povo de Nazaré foi incapaz de superar a incredulidade e dar crédito ao testemunho de Jesus. Mesmo constatando os feitos grandiosos do Mestre, os nazaretanos sempre tinham à mão um argumento para desqualifica-lo. Eles se viam às voltas com um problema sério: acreditar que Deus opera maravilhas servindo-se de meios humanamente frágeis. A grandeza de uma ação não se mede pela grandeza de quem é escolhido como instrumento para realiza-la. Por conseguinte, se para os conterrâneos de Jesus era impensável que o filho do carpinteiro ensinasse e agisse com tamanha autoridade, o mesmo não acontecia com Deus Pai. – Pai, abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que tu te serves de meios humanamente modestos para realizar tuas maravilhas” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite