Segunda, 30 de janeiro de 2023

(Hb 11,32-40; Sl 30[31]; Mc 5,1-20) 

4ª semana do Tempo Comum.

“Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles” Mc 5,17.

“Os donos dos porcos se aproximaram para analisar a situação. Não compreendem o que aconteceu. Só percebem que seu patrimônio se foi com a breca. Não estão nada satisfeitos com o que veem. Por isso pedem que Jesus se retire de suas terras. Para que lhes serviria um taumaturgo desses? Ele só atrapalharia as relações e a ordem estabelecida. Seria um estorvo em sua vida. O homem curado sente a força que emana de Jesus. Gostaria de ficar com ele. Quando Jesus embarca com os discípulos, dispõe-se a ir com eles. Ele sentiu em si o efeito benfazejo da proximidade e do amor de Jesus. Ele precisa continuar perto dele, para consolidar sua identidade. Mas Jesus não lho permite. Ele o manda para casa, onde deve contar à sua família o que Jesus fez em sua misericórdia. Para ficar totalmente curado, é necessário que se reconcilie com aqueles que o magoaram. É preciso recuperar sua identidade no meio em que a perdeu. Jesus manda aquele que estivera gravemente doente como missionário seu para a região pagã da Decápole. As pessoas o ouvem e ficam admiradas. Quem passou por uma crise tão grave como a do possesso tem uma outra maneira de falar de Deus e da ação de Jesus. Ele toca o coração de seus ouvintes. Eles se abrem ao mistério de Deus. ‘E todos se admiravam’ (5,50)” (Anselm Grün – Jesus, Caminho para a Liberdade – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite