(Hb 11,32-40; Sl 30[31]; Mc 5,1-20)
4ª semana do Tempo Comum.
“Então começaram a
pedir que Jesus fosse embora da região deles” Mc 5,17.
“Os donos dos porcos
se aproximaram para analisar a situação. Não compreendem o que aconteceu. Só
percebem que seu patrimônio se foi com a breca. Não estão nada satisfeitos com
o que veem. Por isso pedem que Jesus se retire de suas terras. Para que lhes serviria
um taumaturgo desses? Ele só atrapalharia as relações e a ordem estabelecida.
Seria um estorvo em sua vida. O homem curado sente a força que emana de Jesus.
Gostaria de ficar com ele. Quando Jesus embarca com os discípulos, dispõe-se a
ir com eles. Ele sentiu em si o efeito benfazejo da proximidade e do amor de
Jesus. Ele precisa continuar perto dele, para consolidar sua identidade. Mas
Jesus não lho permite. Ele o manda para casa, onde deve contar à sua família o
que Jesus fez em sua misericórdia. Para ficar totalmente curado, é necessário
que se reconcilie com aqueles que o magoaram. É preciso recuperar sua
identidade no meio em que a perdeu. Jesus manda aquele que estivera gravemente
doente como missionário seu para a região pagã da Decápole. As pessoas o ouvem
e ficam admiradas. Quem passou por uma crise tão grave como a do possesso tem
uma outra maneira de falar de Deus e da ação de Jesus. Ele toca o coração de
seus ouvintes. Eles se abrem ao mistério de Deus. ‘E todos se admiravam’
(5,50)” (Anselm Grün – Jesus, Caminho para a Liberdade –
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite