(Hb 9,2-3.11-14; Sl 46[47]; Mc 3,20-21) 2ª Semana do Tempo Comum.
“Quando souberam
disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava
fora de si” Mc 3,21.
“Ser diferente
simplesmente para se dizer diferente é imaturidade, trocar valores eternos por
supostos amores efêmeros é temeridade. Com o tempo aprendemos que o que
realmente vale a pena é o eterno, o atemporal. O que adianta chegar no fim da
vida e dizer: ‘fui diferente de meus pais’, ‘fui feliz’, ‘estou bem’, e estar
eternamente separado daqueles que se ama? No caminho do progresso espiritual
precisamos escolher aquilo que nos acompanhará sempre e não apenas nesta vida.
Indubitavelmente, Jesus amava os seus parentes, mas Ele não podia permitir que
suas afeições terrenas suplantassem sua missão divina. O fato de eles o
considerarem ‘louco’ não merecia nenhuma atenção do Cristo, que desconsiderou
completamente a tentativa da família de interferir em sua missão (Mc 3,31-35).
O que isso significa? Não devemos amar nossos familiares quando a serviço de
Deus? Muito pelo contrário. Temos que amar nossos parentes sempre (Ex 20,12),
mas o que Jesus ensina aqui é que existem prioridades e que o mandamento mais
importante é ‘amar a Deus sobre todas as coisas; só depois é que vem ‘amar o
próximo como a si mesmo’. Logo, nenhum relacionamento humano pode ser maior do
que a obediência e o amor a Deus (Lc 14,26). Aqui fica um alerta para quem está
se preparando para o matrimônio: um casamento errado pode destruir uma vida
espiritual. Deus é a nossa prioridade. Portanto, quem vai se casar procure um
cônjuge que ame a Deus e também o tenha como prioridade absoluta. – Deus e Pai,
ajuda-nos para que Tu sejas prioridade em tudo na nossa vida, e para que
alcancemos a verdadeira felicidade neste mundo e no outro. Amém” (Sandro
Bussinger Sampaio – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite