(Hb 8,6-13; Sl 84[85]; Mc 3,13-19) 2ª Semana do Tempo Comum.
“Assim, ao falar da
nova aliança, declarou velha a primeira.
Ora, o que envelhece
e se torna antiquado está prestes a desaparecer” Hb 8,13.
“O povo de Israel
manifestava a sua aliança com Deus visualizada na lei e no culto. O Profeta
Jeremias apresentou parte de sua profecia referindo-se a uma nova aliança
criticando a forma como o povo vivia a sua relação com Deus e da esperança para
o futuro de uma nova aliança (Jr 31,31-34). A Sagrada Escritura anuncia uma
nova situação religiosa para o povo de Israel: Deus não vai mais se relacionar
com a humanidade tendo como base a outra observância da lei ou das instituições
estabelecidas. Mas o fundamento da Nova e Eterna Aliança agora terá um nome:
Jesus Cristo. Ele é o único mediador das relações vitais entre Deus e a
humanidade (cf. 1Tm 2,5). Ele é o único sacerdote capaz de fazer essa
interligação. Isto nos espanta? Isto nos deixa perplexos? Este é um ensinamento
novo? Este ensinamento não é novo, não nos deve deixar perplexos e, muitos
menos, espantados. É a realidade verdadeira de nossa fé em Jesus Cristo. Nós
mesmos podemos nos entregar nas mãos de Deus e confiar-lhe tudo o que se passa
em nossa vida. A liberdade que Jesus nos oferece, concede-nos a graça de uma
nova aliança no seu sangue. O culto, por causa da Nova Aliança, não é mais algo
burocrático e cheio de etiquetas. Mas é uma ceia de irmãos e irmãs
comprometidos(as) com Jesus na pessoa pobre (Mt 25,31-46; 5,1-7). A lei da Nova
Aliança não é mais prescrição ritualista, mas um único mandamento, o mandamento
também novo: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’ (Jo 13,34). – Ó
Pai Misericordioso que nos amas muito mais do que nossos méritos. Dá-nos a
graça de compreender que queres o amor, a misericórdia, o perdão e não o
sacrifício. Amém!” (Gilberto Orácio de Aguiar –
Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite