Sexta, 20 de janeiro de 2023

(Hb 8,6-13; Sl 84[85]; Mc 3,13-19) 2ª Semana do Tempo Comum.

“Assim, ao falar da nova aliança, declarou velha a primeira.

Ora, o que envelhece e se torna antiquado está prestes a desaparecer” Hb 8,13.

“O povo de Israel manifestava a sua aliança com Deus visualizada na lei e no culto. O Profeta Jeremias apresentou parte de sua profecia referindo-se a uma nova aliança criticando a forma como o povo vivia a sua relação com Deus e da esperança para o futuro de uma nova aliança (Jr 31,31-34). A Sagrada Escritura anuncia uma nova situação religiosa para o povo de Israel: Deus não vai mais se relacionar com a humanidade tendo como base a outra observância da lei ou das instituições estabelecidas. Mas o fundamento da Nova e Eterna Aliança agora terá um nome: Jesus Cristo. Ele é o único mediador das relações vitais entre Deus e a humanidade (cf. 1Tm 2,5). Ele é o único sacerdote capaz de fazer essa interligação. Isto nos espanta? Isto nos deixa perplexos? Este é um ensinamento novo? Este ensinamento não é novo, não nos deve deixar perplexos e, muitos menos, espantados. É a realidade verdadeira de nossa fé em Jesus Cristo. Nós mesmos podemos nos entregar nas mãos de Deus e confiar-lhe tudo o que se passa em nossa vida. A liberdade que Jesus nos oferece, concede-nos a graça de uma nova aliança no seu sangue. O culto, por causa da Nova Aliança, não é mais algo burocrático e cheio de etiquetas. Mas é uma ceia de irmãos e irmãs comprometidos(as) com Jesus na pessoa pobre (Mt 25,31-46; 5,1-7). A lei da Nova Aliança não é mais prescrição ritualista, mas um único mandamento, o mandamento também novo: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’ (Jo 13,34). – Ó Pai Misericordioso que nos amas muito mais do que nossos méritos. Dá-nos a graça de compreender que queres o amor, a misericórdia, o perdão e não o sacrifício. Amém! (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite