Terça, 17 de janeiro de 2023

(Hb 6,10-20; Sl 110[111]; Mc 2,23-28) 2ª Semana do Tempo Comum.

“E [Jesus] acrescentou: ‘O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.

Portanto, o Filho do Homem é o senhor do sábado’” Mc 2,27-28.

“Jesus justifica o comportamento de seus discípulos com a novidade da sua doutrina. O que ele traz aos homens é realmente algo novo. Ele não é simplesmente um rabi entre muitos, e sua mensagem não combina com as práticas antigas. Essa ideia fica clara na imagem do vinho velho e do novo que Jesus usa em sua parábola. O vinho novo exige odres novos (2,22). Os ensinamentos novos de Jesus requerem novas formas de expressão. Nessas palavras manifesta-se uma espiritualidade que difere da dos fariseus. Estes se preocupam em adaptar os mandamentos de Deus à vida do dia-a-dia. Sua orientação é voltada ao passado. Pretendem atualizar os mandamentos promulgados no passado. Jesus, no entanto, tem a coragem de inovar. No Evangelho de Mateus, esse espírito de inovação volta a ser religado ao antigo. Na interpretação de Mateus, Jesus não pretende abolir nenhum mandamento. Mas em Marcos se realça o frescor original das convicções de Jesus. Certamente, Jesus se coloca dentro da tradição judaica, mas ele não analisa receoso toda e qualquer letra da lei. Ele confia em sua intuição. E ele confia na novidade trazida ao mundo por ele. Ele se fia no Deus sempre novo que renova tudo” (Anselm Grün – Jesus, Caminho para a Liberdade – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite