Segunda, 02 de janeiro de 2023

(1Jo 2,22-28; Sl 97[98]; Jo 1,19-28) Tempo do Natal

“Este foi o testemunho de João quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar:

‘Quem és tu?’” Jo 1,19.

“O ministério de João Batista foi importante para se conhecer o sentido do ministério de Jesus. Faziam-se a respeito dele muitas perguntas. Sua vida austera deixava transparecer a condição de homem de Deus, totalmente confiado à Providência divina, sem ambições mundanas. Tampouco iludia-se com a fama que seu comportamento podia provocar. Suas palavras cortantes tinham o sabor da pregação dos antigos profetas, a ponto de ser confundido com Elias. Entretanto, João rebatia com firmeza qualquer tentativa de fazê-lo passar por aquilo que sabia não ser: Messias, profeta ou algo que valha. Sua humilde função consistia em ‘dar testemunho’ do Messias vindouro, na qualidade de voz que, no deserto, convoca os pecadores a se prepararem para acolher o enviado de Deus. Portanto, uma tarefa que terminaria tão logo despontasse, na história de Israel, o Messias esperado. O Batista relativizava sua pessoa e sua missão. Comparando-se ao Messias, tinha consciência de não ser digno nem mesmo de desatar-lhe a correia das sandálias, gesto reservado aos criados. Sua compreensão ia além: o Messias havia-o precedido e lhe tomaria a dianteira. Desta forma, João Batista deu mostra de estar totalmente sintonizado com a vontade divina. Ele nada mais era do que um modesto servidor de Deus. – Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas dele, e conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos moldes de João (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite