Sexta, 6 de agosto de 2021

(Dn 7,9-10.13-14; Sl 96[97]; Mc 9,2-10) 

Transfiguração do Senhor.

“Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: ‘Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas:

uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” Mc 9,5.

“Ao transfigurar-se, Jesus antecipou o que haveria de ser a ressurreição. Era importante para os discípulos fazer esta experiência, antes de se defrontarem com a paixão e morte do Senhor. De fato, a conclusão da vida de Jesus, considerada com parâmetros puramente humanos, não passaria de um grande fracasso. E mais: a morte de cruz o colocaria no rol dos malditos. Não seria possível esperar que um crucificado pudesse trazer salvação para a humanidade, uma vez que a salvação nem a ele mesmo atingiu. A transfiguração revelou a identidade profunda de Jesus. A alvura de suas vestes indicava a santidade que o envolvia. A presença de Moisés e Elias significava que o centro das Escrituras era Jesus, dado que representavam a Lei e os Profetas. A densa nuvem, própria das manifestações de Deus no Antigo Testamento, revestia a transfiguração de Jesus um caráter de teofania. Não apenas teofania do Pai, que declarou ser Jesus seu Filho bem-amado, ao qual se devia escutar, mas, também manifestação da divindade de Jesus, que veio do Pai, vivia unido a ele e para o Pai haveria de voltar. Tendo provado um pouquinho do Céu, entende-se por que os discípulos queriam permanecer no monte da transfiguração de Jesus. Agora já estavam preparados para o desafio de contemplar o Crucificado como Filho de Deus. Se era o Filho querido do Pai, não haveria de ser abandonado por ele. – Senhor Jesus, que a contemplação de tua transfiguração me prepare para contemplar tua crucifixão, seguro de que és o Filho amado de Deus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite