(Dt 34,1-12; Sl 65[66]; Mt 18,15-20)
19ª Semana do Tempo Comum.
“Se teu irmão pecar
contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo!
Se ele te ouvir, tu
ganhaste o teu irmão” Mt 18,15.
“Ninguém está isento
do pecado. Mas se alguém erra, não pode ser punido impiedosamente e ser
excluído da comunidade, sem a devida ponderação. Havia nas primeiras
comunidades cristãs, uma tendência a resolver, com uma certa dose de
leviandade, os casos de desvio da fé. Os pequeninos eram as primeiras vítimas
desta intransigência. Deve-se percorrer um longo caminho, antes de se tomar a
decisão de afastar da comunidade alguém que errou. O primeiro passo consiste em
ser advertido, a sós, por quem se sente ofendido. Isto pode ser suficiente para
que a pessoa refaça a sua conduta. Pode, entretanto, acontecer de a pessoa não
se deixar tocar, e persistir no erro. O passo seguinte consistirá em convocar
as testemunhas previstas pela Lei mosaica e, diante delas, admoestar quem
pecou, tentando demovê-lo de sua má conduta. Talvez, ele se deixe convencer e
se converta. Também esta iniciativa pode resultar inútil. Só então a comunidade
toda, neste caso, deve ser convocada para discernir, com muita
responsabilidade, se a melhor decisão consiste em afastar o pecador de seu
meio. Jesus, porém, cuida para que a reunião da comunidade não se transforme
numa espécie de tribunal. Antes, que busque descobrir o desígnio do Pai a este
respeito. A certeza da presença do Filho de Deus visa garantir a justiça num
assunto tão fundamental. – Senhor Jesus, livra-me de tratar a quem erra
com impiedade e dureza; antes, que eu procure, por todos os meios, fazê-lo
voltar para ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite