(Nm 13,1-2.25—14,1.26-30.34-35; Sl 105[106]; Mt 15,21-28)
18ª Semana do Tempo Comum.
“Diante disso, Jesus
lhe disse: ‘Mulher, grande é a tua fé’, seja feito como tu queres!” Mt 15,28a.
“A fé da mulher pagã
contrasta com a fé vacilante dos discípulos. A formação que receberam de Jesus
não foi suficiente para ajuda-los a fazer frente às situações adversas.
Fraquejaram! Em contraposição, ao missionar na terra dos fenícios, o Mestre
deparou-se com uma mulher cuja fé deixou-o admirado. Vendo Jesus passar, ela
pôs-se a gritar, implorando pela filhinha atormentada por um demônio, confiante
de que somente Jesus poderia vir em seu socorro. Chamou-o de Senhor, filho de
Davi, servindo-se de uma linguagem própria de quem tem fé e conhece as
esperanças do povo judeu. A insistência da mulher pareceu não encontrar
acolhida por parte de Jesus. Entabulou-se, então, um diálogo meio forçado. O
Mestre declarou estar a serviço apenas do povo judeu. A mulher reforçou seu
pedido. E foi repelida, com dureza, por Jesus o qual afirmou-lhe não ser
sensato deixar de ajudar seu povo para preocupar-se com os pagãos têm direito
de receber pelo menos as migalhinhas dos benefícios feitos aos judeus. Admirado
diante de tamanha fé, Jesus atendeu o pedido da mulher, curando-lhe a filha.
Portanto, também entre os pagãos havia quem tivesse fé autêntica em Jesus.
– Senhor Jesus, tira de mim todo preconceito que me impede de aceitar
que muitas pessoas marginalizadas possam ter uma fé verdadeira em ti” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite