Segunda, 30 de agosto de 2021

(1Ts 4,13-18; Sl 95[96]; Lc 4,16-30) 

22ª Semana do Tempo Comum.

“Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabaste de ouvir’” Lc 4,21.

“As profecias do Antigo Testamento ajudaram Jesus a compreender sua identidade e missão. Um texto do profeta Isaías foi-lhe extremamente útil. Nesse texto encontramos o monólogo de alguém que voltara ao exílio babilônico e expressava a consciência de sua missão: reorganizar o povo, após sua total destruição por mãos de Nabucodonosor. Isaias tinha consciência de ser um profeta, nos moldes do Servo de Javé, cuja missão era difundir ânimo e esperança no povo, descortinando-lhe horizontes, e trazendo-lhe libertação. Foi essa trilha que Jesus seguiu. O evento do seu batismo constituiu-se numa verdadeira consagração por parte do Pai para sua missão que estava prestes a ser iniciada. Os destinatários preferenciais de sua ação missionária foram os pobres, os humilhados e injustiçados, toda sorte de prisioneiros e oprimidos, as vítimas da cegueira física e espiritual. Sua ação, por ser ele o Filho de Deus, era portadora de alegria semelhante à do ano jubilar, quando todas as dívidas e servidões eram abolidas e as pessoas tinham, novamente, sua dignidade reconhecida. O texto profético era um resumo perfeito do projeto de vida de Jesus. Não possuímos informações a respeito do que se passou com o profeta vétero-testamentário.  Com Jesus, sim. A história confirmou que nele se cumpriu plenamente o que o antigo profeta havia falado de si mesmo. – Senhor Jesus, que meu projeto de vida corresponda ao teu, e que eu tenha sempre mais consciência de ser portador de uma missão recebida do Pai (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite