(1Ts 4,13-18; Sl 95[96]; Lc 4,16-30)
22ª Semana do Tempo Comum.
“Então começou a
dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabaste de ouvir’” Lc 4,21.
“As profecias do Antigo
Testamento ajudaram Jesus a compreender sua identidade e missão. Um texto do
profeta Isaías foi-lhe extremamente útil. Nesse texto encontramos o monólogo de
alguém que voltara ao exílio babilônico e expressava a consciência de sua
missão: reorganizar o povo, após sua total destruição por mãos de
Nabucodonosor. Isaias tinha consciência de ser um profeta, nos moldes do Servo
de Javé, cuja missão era difundir ânimo e esperança no povo, descortinando-lhe
horizontes, e trazendo-lhe libertação. Foi essa trilha que Jesus seguiu. O
evento do seu batismo constituiu-se numa verdadeira consagração por parte do
Pai para sua missão que estava prestes a ser iniciada. Os destinatários
preferenciais de sua ação missionária foram os pobres, os humilhados e
injustiçados, toda sorte de prisioneiros e oprimidos, as vítimas da cegueira
física e espiritual. Sua ação, por ser ele o Filho de Deus, era portadora de
alegria semelhante à do ano jubilar, quando todas as dívidas e servidões eram
abolidas e as pessoas tinham, novamente, sua dignidade reconhecida. O texto
profético era um resumo perfeito do projeto de vida de Jesus. Não possuímos
informações a respeito do que se passou com o profeta
vétero-testamentário. Com Jesus, sim. A história confirmou que nele se
cumpriu plenamente o que o antigo profeta havia falado de si mesmo. – Senhor
Jesus, que meu projeto de vida corresponda ao teu, e que eu tenha sempre mais
consciência de ser portador de uma missão recebida do Pai” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite