Quinta, 19 de agosto de 2021

(Jz 11,29-39; Sl 39[40]; Mt 22,1-14) 

20ª Semana do Tempo Comum.

“Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos” Mt 22,14.

“É a parábola dos convidados para o banquete. Estava tudo pronto, mas os primeiros convidados não quiseram vir. Então o rei mandou abrir as portas e mandou convidar todos os que fossem encontrados pelo caminho. A sala ficou cheia. Mas alguém entrou sem a veste adequada, e se deu mal. Foi sumariamente expulso, e botado para fora do banquete. Parece haver uma contradição, entre a generosidade do convite aberto, e o rigor aplicado ao homem sem traje de festa. O Evangelho de Mateus faz questão de assinalar que Jesus começou a direcionar suas parábolas para os ‘sumos sacerdotes e para anciãos do povo’. Portanto, parábolas com índole messiânica, para explicar a acolhida ou a rejeição do projeto de Deus representado pelo Messias. Os primeiros convidados simbolizavam os primeiros destinatários das promessas messiânicas. Rejeitando o convite, atraíram sobre si a desgraça. Os outros convidados simbolizavam a humanidade inteira, instada a participar, gratuitamente do Reino de Deus, que escancarava as portas para que todos entrassem. Mas esta generosidade de Deus, que acolhia a todos, não dispensava o empenho pessoal de cada um fazer o melhor que puder. Este empenho estava simbolizado pela veste festiva. O rigor em jogar para fora do banquete o homem desleixado certamente revela o zelo das primeiras comunidades cristãs de corresponderem à altura na sua condição de convidados especiais. Agora somos convidados para o banquete do Reino. Isto não significa que podemos dispensar nosso empenho pessoal. O castigo aplicado a um, serve de advertência a todos. – Senhor, agradecemos de coração o convite que nos fizestes para participar do vosso Reino. Que ele estimule nosso esforço em nos mostra dignos dele. Amém!” (Dom Luís Demétrio Valentini – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite