(Jz 11,29-39; Sl 39[40]; Mt 22,1-14)
20ª Semana do Tempo Comum.
“Porque muitos são
chamados, e poucos são escolhidos” Mt 22,14.
“É a parábola dos
convidados para o banquete. Estava tudo pronto, mas os primeiros convidados não
quiseram vir. Então o rei mandou abrir as portas e mandou convidar todos os que
fossem encontrados pelo caminho. A sala ficou cheia. Mas alguém entrou sem a
veste adequada, e se deu mal. Foi sumariamente expulso, e botado para fora do
banquete. Parece haver uma contradição, entre a generosidade do convite aberto,
e o rigor aplicado ao homem sem traje de festa. O Evangelho de Mateus faz
questão de assinalar que Jesus começou a direcionar suas parábolas para os
‘sumos sacerdotes e para anciãos do povo’. Portanto, parábolas com índole
messiânica, para explicar a acolhida ou a rejeição do projeto de Deus
representado pelo Messias. Os primeiros convidados simbolizavam os primeiros
destinatários das promessas messiânicas. Rejeitando o convite, atraíram sobre
si a desgraça. Os outros convidados simbolizavam a humanidade inteira, instada
a participar, gratuitamente do Reino de Deus, que escancarava as portas para
que todos entrassem. Mas esta generosidade de Deus, que acolhia a todos, não
dispensava o empenho pessoal de cada um fazer o melhor que puder. Este empenho
estava simbolizado pela veste festiva. O rigor em jogar para fora do banquete o
homem desleixado certamente revela o zelo das primeiras comunidades cristãs de
corresponderem à altura na sua condição de convidados especiais. Agora somos
convidados para o banquete do Reino. Isto não significa que podemos dispensar
nosso empenho pessoal. O castigo aplicado a um, serve de advertência a
todos. – Senhor, agradecemos de coração o convite que nos fizestes para
participar do vosso Reino. Que ele estimule nosso esforço em nos mostra dignos
dele. Amém!” (Dom Luís Demétrio Valentini – Meditações
para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite