Terça, 17 de dezembro de 2019


(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17) 
3ª Semana do Advento.

“Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. [...] Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo” Mt 1,1.16.

“Jamais conheceremos tudo que a Encarnação espera ainda das forças do mundo. Jamais esperaremos bastante da unidade crescente. Os prodigiosos espaços de tempo que precedem o primeiro Natal não estão vazios de Cristo, mas penetrados por seu influxo poderoso. É a agitação da sua conceição que movimenta as massas cósmicas e dirige as primeiras correntes da biosfera. É a preparação do seu nascimento que acelera o progresso do instinto e a eclosão do pensamento sobre a terra. Não sejamos mais tolos em nos escandalizar com a interminável espera que o Messias nos impôs. Era necessário nem mais, nem menos, que o tremendo labor do Homem primitivo, a longa beleza egípcia, a inquieta expectativa de Israel, o perfume lentamente destilado das místicas orientais, a sabedoria cem vezes refinada dos gregos para que pudesse desabrochar a Flor da vara de Jessé e da Humanidade. Todas essas preparações, cósmicas e biologicamente, eram necessárias para que o Cristo se apresentasse no cenário humano. E todo esse trabalho era movido pelo despertar ativo e criador de sua alma enquanto essa alma humana havia sido escolhida para animar o universo. Quando o Cristo apareceu nos braços de Maria, acabava de levantar o mundo” (Teilhard de Chadin – Hyme de l’Univers – Editora Beneditina Ltda.).

 Pe. João Bosco Vieira Leite