(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17)
3ª Semana do Advento.
“Livro da origem de
Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. [...] Jacó gerou José, o esposo
de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo” Mt 1,1.16.
“Jamais conheceremos
tudo que a Encarnação espera ainda das forças do mundo. Jamais esperaremos
bastante da unidade crescente. Os prodigiosos espaços de tempo que precedem o
primeiro Natal não estão vazios de Cristo, mas penetrados por seu influxo
poderoso. É a agitação da sua conceição que movimenta as massas cósmicas e
dirige as primeiras correntes da biosfera. É a preparação do seu nascimento que
acelera o progresso do instinto e a eclosão do pensamento sobre a terra. Não
sejamos mais tolos em nos escandalizar com a interminável espera que o Messias
nos impôs. Era necessário nem mais, nem menos, que o tremendo labor do Homem
primitivo, a longa beleza egípcia, a inquieta expectativa de Israel, o perfume
lentamente destilado das místicas orientais, a sabedoria cem vezes refinada dos
gregos para que pudesse desabrochar a Flor da vara de Jessé e da Humanidade.
Todas essas preparações, cósmicas e biologicamente, eram necessárias para que o
Cristo se apresentasse no cenário humano. E todo esse trabalho era movido pelo
despertar ativo e criador de sua alma enquanto essa alma humana havia sido
escolhida para animar o universo. Quando o Cristo apareceu nos braços de Maria,
acabava de levantar o mundo” (Teilhard de Chadin – Hyme
de l’Univers – Editora Beneditina Ltda.).
Pe. João Bosco Vieira Leite