(Rm 11,29-36; Sl 68[69]; Lc 14,12-14)
31ª Semana do Tempo
Comum.
“Na verdade, tudo é
dele, por ele e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém!” Rm 11,36.
“As palavras de Paulo
se referem às grandes visões de Deus que devem animar e inebriar nossos
corações: a visão do modo pelo qual Deus se comportou e se comporta conosco, e
a visão de nós mesmos, imitando a Deus, somos chamados a nos comportar uns com
os outros. A visão do amor de Deus é descrita por Paulo com poucas mais
eficazes palavras: ‘Deus encerrou a todos na desobediência para usar com todos
de misericórdia’ (v. 32). A atitude de Deus é misteriosa. Ele é bondoso e sua
lógica é a da misericórdia. É bondade que se inclina para nossa miséria. É amor
que não espera encontrar grandeza e dignidade no amado, mas, ao contrário, sabe
que só encontrará fraquezas. Esta misericórdia deseja ardentemente
manifestar-se, e realizar suas obras. Permite até que o homem caia em
desobediência, não para afastá-lo de si, mas para atraí-lo a si quando ele,
abusando de sua liberdade e chegando à sua pobreza, sentir necessidade de ser
salvo. Aí então o pecador estará em grau de compreender e medir a força fiel do
amor de Deus. Paulo, por isso, exclama admirado: ‘Ó profundidade da riqueza,
sabedoria e ciência de Deus! Quão insondáveis são as suas decisões e
imperscrutáveis os seus caminhos!’ (v. 33). – Senhor, por maior que
seja minha fraqueza, que eu jamais esqueça que vossa misericórdia é infinita.
Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite