Quarta, 6 de novembro de 2019


(Rm 13,8-10; Sl 111[112]; Lc 14,25-33) 
31ª Semana do Tempo Comum.

“Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo,
pois quem ama o próximo está cumprindo a lei” Rm 13,8.

“As palavras de Paulo colocam em plano operacional os ensinamentos de Jesus sobre a realidade do amor puro. O Apóstolo elenca a série dos louváveis comportamentos tradicionais segundo a lei; não os elimina, conserva-os como estrutura da moralidade humana e cristã. Mas os torna vivos, dando-lhes alma, isto é, amor. ‘Quem ama o próximo, cumpriu a lei’. Isto significa que nenhuma obra é verdadeiramente cumprida, isto é, levada devidamente a termo, se não for inspirada e motivada pelo amor. E isto, por sua vez, significa que o amor não é um sentimento a mais, mas é a substância pura e simples da ação. Foi esta grande mudança que o Evangelho trouxe. As ações não se realizam só por necessidade ou porque provocadas. As ações têm sua razão de ser num amor preexistente, que as produz com sua força amável e que, por isso, são frutos da gratuidade. No plano de Deus, o cristão primeiramente ama e depois age, imitando a Deus que é Pai. Pode isto parecer um sonho, mas Paulo não é um enganador. Jesus Cristo é a verdade em pessoa. Ambos ensinam estas coisas e as entregam a nossa seriedade como o essencial daquilo que devemos saber para nossa salvação e para trabalharmos para a salvação dos outros. – Senhor, estamos certos de que não  há vida cristã sem amor a vós e aos irmãos. Ensinai-nos, Senhor, a não amar só de palavras. Mas que em tudo aquilo que fizermos haja o sinal do vosso amor infinito. Amém (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite