(Rm 13,8-10; Sl 111[112]; Lc 14,25-33)
31ª Semana do Tempo Comum.
“Não fiqueis devendo
nada a ninguém, a não ser o amor mútuo,
pois quem ama o
próximo está cumprindo a lei” Rm 13,8.
“As palavras de Paulo
colocam em plano operacional os ensinamentos de Jesus sobre a realidade do amor
puro. O Apóstolo elenca a série dos louváveis comportamentos tradicionais
segundo a lei; não os elimina, conserva-os como estrutura da moralidade humana
e cristã. Mas os torna vivos, dando-lhes alma, isto é, amor. ‘Quem ama o
próximo, cumpriu a lei’. Isto significa que nenhuma obra é verdadeiramente
cumprida, isto é, levada devidamente a termo, se não for inspirada e motivada
pelo amor. E isto, por sua vez, significa que o amor não é um sentimento a
mais, mas é a substância pura e simples da ação. Foi esta grande mudança que o
Evangelho trouxe. As ações não se realizam só por necessidade ou porque
provocadas. As ações têm sua razão de ser num amor preexistente, que as produz
com sua força amável e que, por isso, são frutos da gratuidade. No plano de
Deus, o cristão primeiramente ama e depois age, imitando a Deus que é Pai. Pode
isto parecer um sonho, mas Paulo não é um enganador. Jesus Cristo é a verdade
em pessoa. Ambos ensinam estas coisas e as entregam a nossa seriedade como o
essencial daquilo que devemos saber para nossa salvação e para trabalharmos
para a salvação dos outros. – Senhor, estamos certos de que não há vida cristã sem amor a vós e aos irmãos.
Ensinai-nos, Senhor, a não amar só de palavras. Mas que em tudo aquilo que
fizermos haja o sinal do vosso amor infinito. Amém” (Ralfy Mendes
de Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite