(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40)
33ª Semana do Tempo Comum.
“Mas o pobre não será
sempre esquecido, nem é vã a esperança dos humildes” Sl 9,19.
“O salmo 9 tem
caráter sapiencial: a oração brota da contemplação da bondade de Deus e da
consideração da miséria e da maldade humana. A tradição cristã considera este
salmo como uma profecia da morte e ressurreição de Cristo, da tomada de posse
do seu reino, da destruição de todos os seus inimigos e de sua vinda final. Com
a primeira parte do salmo os cristãos agradecem ao Senhor pelos inúmeros
prodígios operados em seu favor e alimentam a confiança naquele que está à
direita de Deus mas não abandona a quem passa por tribulações e o procura. Com
a segunda parte do salmo, a assembleia dos cristãos invoca a volta do Senhor,
enquanto o Maligno faz suas últimas tentativas para criar a ilusão de que no
mundo tudo está sob seu poder, e que se pode impunemente cometer qualquer
violência e oprimir os pobres. A realidade da história da salvação revive neste
salmo um de seus aspectos mais característicos: é a história dos pobres e dos
humildes perseguidos, é a história da paciência de Deus e a história da fé que
se purifica na prova e na luta. Este salmo desperta em nós a esperança do Senhor
e a expectativa de sua vinda. Sabemos até que ponto Deus conhece nossas
ansiedades, pois, em Jesus Cristo, delas participou. A oração que o Senhor nos
sugere no salmo ele mesmo recitou por nós após ter sido atingido pelas nossas
desventuras. – Ouvi, Senhor, o anseio dos pequeninos; que o pobre não
seja abandonado e jamais seja frustrada a esperança dos humildes. Amém” (Ralfy Mendes de
Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite