(1Ts 4,9-11; Sl 97[98]; Mt 25,14-30)
21ª Semana do Tempo Comum.
“Um homem ia
viajar para o estrangeiro. Chamou os seus empregados e lhes entregou seus bens.
A um deu cinco
talentos, a outro dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua
capacidade.
Em seguida viajou” Mt 25,14-15.
“A parábola dos
talentos desperta em muitos ouvintes indignação. Instintivamente, eles sentem
pena do terceiro servo, porque recebeu apenas um talento e ainda por cima é
castigado. Jesus os convida propositalmente a se solidarizar com o terceiro
servo para que possa abrir-lhes os olhos para a única maneira de realizar-se de
fato na vida. Quando enterramos o nosso talento, como fez o terceiro servo,
recusamo-nos a viver. Muitas vezes, os intérpretes abusaram dessa parábola.
Houve professores que recorressem à parábola para incentivar os alunos a dar
mais de si, aproveitando melhor os seus talentos. Mas, nessa parábola, Jesus não
está interessado no rendimento, e sim no tema da confiança e do medo. Os dois
primeiros servos fizeram render os talentos que o senhor lhes confiara. Eles
não são premiados por seu esforço, e sim pela confiança. Quem trabalha com
dinheiro corre sempre o risco de perde-lo. Não há mercado financeiro sem risco.
Quem teme o risco enterra o seu talento como fez o terceiro servo” (Anselm Grun
– Jesus: mestre da salvação – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira
Leite