Sexta, 30 de agosto de 2019


(1Ts 4,1-8; Sl 96[97]; Mt 25,1-13) 
21ª Semana do Tempo Comum.

“O reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram as suas lâmpadas de óleo
e saíram ao encontro do noivo” Mt 25,1.

“Dificilmente uma outra parábola terá provocado tanta repercussão na exegese e na história da arte quanto a das dez virgens. A representação mais antiga das dez virgens encontra-se em Roma, num afresco do século IV. A arte românica e gótica visualizava as virgens prudentes e insensatas sobretudo nos portais dedicados a Nossa Senhora. Tanto as virgens prudentes quanto as insensatas davam aos leitores e observadores a oportunidade de se identificar com elas. A parábola alude a costumes nupciais judaicos. Mas há nela também elementos que não combinam com os rituais nupciais daquele tempo, por exemplo, o fato de a porta ser fechada. Há diversas maneiras de interpretar a parábola. Posso vê-la como uma descrição do juízo final ou de meu encontro com Cristo, o noivo, na minha morte. A parábola me recomenda, nesse caso, a viver conscientemente e a estar preparado para a vinda do Senhor. Mas posso interpretar a parábola também como referência à vinda de Jesus em qualquer momento. Quando Jesus chega, ele celebra o casamento comigo, e então fico completamente um comigo mesmo, porque se realiza a convergência dos meus antagonismos: homem e mulher, luz e trevas, dia e noite, Deus e homem. Será a festa da minha auto realização” (Anselm Grun – Jesus: mestre da salvação – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite