(1Ts 4,1-8; Sl 96[97]; Mt 25,1-13)
21ª Semana do Tempo Comum.
“O reino dos céus é
como a história das dez jovens que pegaram as suas lâmpadas de óleo
e saíram ao encontro
do noivo” Mt 25,1.
“Dificilmente uma
outra parábola terá provocado tanta repercussão na exegese e na história da
arte quanto a das dez virgens. A representação mais antiga das dez virgens
encontra-se em Roma, num afresco do século IV. A arte românica e gótica
visualizava as virgens prudentes e insensatas sobretudo nos portais dedicados a
Nossa Senhora. Tanto as virgens prudentes quanto as insensatas davam aos
leitores e observadores a oportunidade de se identificar com elas. A parábola
alude a costumes nupciais judaicos. Mas há nela também elementos que não
combinam com os rituais nupciais daquele tempo, por exemplo, o fato de a porta
ser fechada. Há diversas maneiras de interpretar a parábola. Posso vê-la como
uma descrição do juízo final ou de meu encontro com Cristo, o noivo, na minha
morte. A parábola me recomenda, nesse caso, a viver conscientemente e a estar
preparado para a vinda do Senhor. Mas posso interpretar a parábola também como
referência à vinda de Jesus em qualquer momento. Quando Jesus chega, ele
celebra o casamento comigo, e então fico completamente um comigo mesmo, porque
se realiza a convergência dos meus antagonismos: homem e mulher, luz e trevas,
dia e noite, Deus e homem. Será a festa da minha auto realização” (Anselm Grun
– Jesus: mestre da salvação – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite