(Is 9,1-6; Sl 112[113]; Lc 1,26-38)
Nossa Senhora Rainha.
“Maria, então, disse:
‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’
E o anjo retirou-se” Lc 1,38.
“A exaltação da
‘serva do Senhor’ (Lc 1,38) ao lado do ‘Rei dos reis e Senhor dos senhores’ (Ap
19,16) é mistério de mera graça e de perfeita correspondência a ela, vivida por
Maria na disponibilidade cotidiana ao serviço de Deus e da humanidade.
‘Justamente esse serviço lhe permitiu realizar na sua vida a experiência de um
misterioso, mas autêntico ‘reinar’. Não é por acaso que é invocada como ‘Rainha
do céu e da terra’... O seu ‘reinar’ é servir! O seu servir é ‘reinar’!” (João
Paulo II, Carta enviada às mulheres do mundo inteiro no dia 29 de junho de
1995; AAS 1995, p. 810; cf. também Redemptoris Mater, n. 41). O
senhorio de Maria amadureceu, portanto, na obediência à vocação materna
acolhida na Anunciação (é o trecho do evangelho: Lc 1,26-38): ‘Eis que
conceberás darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus... O Senhor
Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para
sempre, e o seu reinado não terá fim’. O anúncio do Reino do Senhor Jesus
trazido pelo anjo encerra também o da Rainha Mãe. O nexo entre maternidade e
realeza é posto em relevo, seja na coleta, seja na oração após a comunhão:
Maria é reconhecida ‘nossa Mãe e Rainha’, pois dela nasceu Cristo nosso
Senhor” (Corrado Maggioni – Maria na Igreja em Oração –
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite