(Jr 1,17-19; Sl 70[71]; Mc 6,17-29)
Martírio de São João Batista.
“Imediatamente, o rei
mandou que o soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o
na prisão,...” (Mc 6,27).
“João é preso e, num
capricho de um jantar e um juramento sem pensar, é condenado à morte e
degolado. Surge o seguinte questionamento: O que João fez para a mulher de
Herodes para que ela pedisse a sua cabeça? Pode-se também fazer a seguinte
pergunta: em qual personagem eu me coloco? Esta pergunta tem grande
significado, pois muitas vezes as pessoas se veem como Herodes, que jura por se
encantar com o supérfluo e o egoísta. Bem como se pode colocar no papel do
carrasco que degola João, pois diversos momentos as pessoas se defendem
verbalmente, brincam com os sentimentos dos outros e até agem com agressividade
física. Quem era João? Era um homem simples de hábitos corriqueiros, que não
era capaz de praticar a maldade, mas usava de justiça e de sua simplicidade
para cativar as pessoas. Foi alguém que assumiu o projeto de Deus e
constantemente dava seu sim ao chamado do Senhor, preparando o caminho do
Messias. Foi um homem que liderou e não se deixou corromper pela mesquinhez e
arrogância de autoridades como Herodes. O ideal de personagem, neste versículo,
é João Batista. Ser uma pessoa justa e verdadeira, que corresponda à vontade de
Deus, que luta sem desanimar e que não se deixa manchar pela corrupção e pela
injustiça, pela ganância e pelo medo. Ser fiel é esperar no Senhor, que tudo
fará. – Deus da Verdade, que sejamos disponíveis e atentos ao seu
chamado, para servirmos ao Senhor sem medos e amarras. Que estejamos de ouvidos
abertos para ouvir sua Palavra e a colocarmos em prática no nosso dia a dia.
Não permita que sejamos mesquinhos e cheios de capricho, deixando-nos cegar por
coisas ruins e, sim, que vejamos com clareza sua graça e sua paz. Assim seja!” (Anderson
Domingues de Lima – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes). ´
Pe. João Bosco Vieira Leite