Sexta, 29 de março de 2019


(Os 14,2-10; Sl 80[81]; Mc 12,28-34) 
3ª Semana da Quaresma.

“O segundo mandamento é: amarás o teu próximo com a ti mesmo!
Não existe outro mandamento maior do que estes” Mc 12,31.

“Amar você não significa que deixo de amar a mim mesmo. Ao contrário: a ideia de que não posso amar você a não ser que ame a mim mesmo é aceita por todos os psicólogos. Os que não amam a si mesmos são tristes, atormentados por uma sensação constante de vazio que estão sempre procurando preencher. Como uma pessoa com terrível dor de dentes, só conseguem pensar em si mesmos e estão constantemente à procura de um dentista, de alguém que os faça sentir-se melhor. Quando não amo a mim mesmo, só consigo usar os outros; não consigo amá-los.  Meu amor por você nunca pode ser uma renúncia a meu próprio eu. Posso dar minha vida por você em nome do amor, mas nunca poderia negar minha identidade enquanto pessoa. Tentarei ser o que você precisa que eu seja, fazer o que você precisa que eu faça, dizer tudo quanto você precisa ouvir. Ao mesmo tempo, estou comprometido com uma relação honesta e aberta. Como parte de minha dádiva de amor, os meus pensamentos, minhas prioridades e todos os meus sentimentos serão sempre seus. Quando estamos comprometidos com uma honestidade total e uma abertura completa, nossa relação amorosa nunca se torna sufocante, marcada por encontros clandestinos, ressentimentos reprimidos, emoções deslocadas revelando com atitudes adolescentes aquilo que não temos coragem de dizer abertamente. A não ser que concordemos em honrar a honestidade e a abertura, nunca estaremos seguros a respeito um do outro. Nossas relações se parecerão mais com uma farsa do que com o verdadeiro tecido da vida” (John Powell, SJ – As Estações do Coração – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite