(Os 14,2-10; Sl 80[81]; Mc 12,28-34)
3ª Semana da Quaresma.
“O segundo mandamento
é: amarás o teu próximo com a ti mesmo!
Não existe outro
mandamento maior do que estes” Mc 12,31.
“Amar você não
significa que deixo de amar a mim mesmo. Ao contrário: a ideia de que não posso
amar você a não ser que ame a mim mesmo é aceita por todos os psicólogos. Os
que não amam a si mesmos são tristes, atormentados por uma sensação constante
de vazio que estão sempre procurando preencher. Como uma pessoa com terrível
dor de dentes, só conseguem pensar em si mesmos e estão constantemente à
procura de um dentista, de alguém que os faça sentir-se melhor. Quando não amo
a mim mesmo, só consigo usar os outros; não consigo amá-los. Meu amor por
você nunca pode ser uma renúncia a meu próprio eu. Posso dar minha vida por
você em nome do amor, mas nunca poderia negar minha identidade enquanto pessoa.
Tentarei ser o que você precisa que eu seja, fazer o que você precisa que eu
faça, dizer tudo quanto você precisa ouvir. Ao mesmo tempo, estou comprometido
com uma relação honesta e aberta. Como parte de minha dádiva de amor, os meus
pensamentos, minhas prioridades e todos os meus sentimentos serão sempre seus.
Quando estamos comprometidos com uma honestidade total e uma abertura completa,
nossa relação amorosa nunca se torna sufocante, marcada por encontros
clandestinos, ressentimentos reprimidos, emoções deslocadas revelando com
atitudes adolescentes aquilo que não temos coragem de dizer abertamente. A não
ser que concordemos em honrar a honestidade e a abertura, nunca estaremos
seguros a respeito um do outro. Nossas relações se parecerão mais com uma farsa
do que com o verdadeiro tecido da vida” (John Powell, SJ – As
Estações do Coração – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite