Sexta, 22 de março de 2019


(Gn 37,4-3.12-13.17-28; Sl 104[105]; Mt 21,33-43.45-46) 
2ª Semana da Quaresma.

“Procuravam prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta” Mt 21,46.

“O Salvador Jesus encontrava-se no Templo, ensinando o povo através de parábolas. Através da que se encontra em nosso contexto, Ele demonstrou que o povo de Israel, por causa do desprezo para com Ele, a pedra rejeitada e o filho do dono da vinha que é Deus Pai, deixaria de ser o povo do Senhor. Estas, sem dúvida, são palavras duras. São Lei, e a Lei serve para que o pecador reconheça seus pecados e se arrependa. Caso isso não aconteça, a Lei o condenará. Entre as pessoas que ouviam os ensinamentos de Jesus encontravam-se fariseus, homens que se separavam das demais pessoas para se dedicarem ao estudo da Lei e ao cultivo das tradições orais que, muitas vezes, tinham para eles maior valor que a própria Lei. Pois bem, ao ouvirem Jesus falar nestas coisas, eles pensaram em prendê-lo para tirar-lhe a vida. Contudo, por terem medo da multidão que o considerava profeta, desistiram de fazê-lo. Medo é um sentimento muito humano. Tem-se medo de ser assaltado, medo de se tornar paciente de uma doença incurável, medo de ficar desempregado e até tem gente que tem medo de ir para o inferno. Este medo, com certeza, não precisamos ter. E por que? Porque Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo para pagar com sua vida a nossa dívida de pecados. Quem nele crer, nãos será condenado ao inferno, será perdoado e terá vida sem fim no céu. Medo de ir para o inferno? Mas por que, se Jesus nos salvou dele? Que Deus nos firme sempre nesta fé. Que nós sejamos sempre agradecidos por tamanha salvação. Que nós saibamos orar, dizendo: Pai nosso, muito obrigado porque não preciso ter medo do inferno. Não preciso ter este medo por causa do que eu faço, mas sim pelo que Jesus fez por mim: Ele deu a sua vida na cruz e me salvou da morte eterna. Ajuda-me para que eu viva sem medo e me agarre sempre em tua promessa de amor e dela dê testemunho ao meu semelhante. Por Cristo. Amém” (Egon Martim Seibert – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite