(Eclo 6,5-17; Sl 118[119]; Mc 10,1-12)
7ª Semana do Tempo Comum.
“Portanto, o que Deus
uniu, o homem não separe!” Mc 10,9.
“Pelo jeito, não há
muita gente satisfeita com o que Deus uniu, pois as separações crescem dia a
dia. Infidelidade, incompatibilidade de gênio, motivos os mais diversos, motivo
nenhum – tudo isso é causa de separação. Só que separação causa traumas
violentos. Uma jovem senhora, aluna minha, quase perdeu os estudos porque se
separou do marido. E o mesmo se deu com uma moça cujos pais se divorciaram. Não
é por outro motivo que, mesmo fora do âmbito cristão, muita gente se posicione
contra o divórcio. Se, portanto, perguntamos ao Deus do amor por que ele deu a
ordem do ‘não separe’, a resposta será mais que óbvia: porque ele ama todos os
seres humanos, porque ele quer marido e mulher vivendo felizes, um ao lado do
outro, porque deseja ver os filhos criados e educados por pai e mãe vivendo
debaixo do mesmo teto. Logo, não faz sentido algum ver nessa ordem apenas uma
arbitrariedade de Deus. Se Deus não quer separação no casamento é porque deseja
nos proteger. Por isso, devemos ser gratos a Deus. E como toda gratidão requer
também planejamento, devemos fazer escolhas sensatas. Muitos, por causa da
liberdade do divórcio, já entram no casamento com a ideia ‘Se não der certo,
separo’. E, assim, casam com o primeiro que aparece. Por outro lado, quem já
está casado deve saber que casamento não é objeto que se compra e deixa para
lá. Não. Casamento é um investimento constante, constante no amor, no carinho,
na procura da compreensão do outro e no crescimento comum. Mas é sobretudo uma
graça de Deus. – Senhor Deus, obrigado pela felicidade que nos deste no
casamento. Ajuda a todos a mantê-la. Quanto àqueles que a perderam, ajuda-os a
recuperá-la. Amém” (Martinho Lutero e Iracy Dourado Hoffmann
– Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite