Sexta, 01 de março de 2019


(Eclo 6,5-17; Sl 118[119]; Mc 10,1-12) 
7ª Semana do Tempo Comum.

“Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” Mc 10,9.

“Pelo jeito, não há muita gente satisfeita com o que Deus uniu, pois as separações crescem dia a dia. Infidelidade, incompatibilidade de gênio, motivos os mais diversos, motivo nenhum – tudo isso é causa de separação. Só que separação causa traumas violentos. Uma jovem senhora, aluna minha, quase perdeu os estudos porque se separou do marido. E o mesmo se deu com uma moça cujos pais se divorciaram. Não é por outro motivo que, mesmo fora do âmbito cristão, muita gente se posicione contra o divórcio. Se, portanto, perguntamos ao Deus do amor por que ele deu a ordem do ‘não separe’, a resposta será mais que óbvia: porque ele ama todos os seres humanos, porque ele quer marido e mulher vivendo felizes, um ao lado do outro, porque deseja ver os filhos criados e educados por pai e mãe vivendo debaixo do mesmo teto. Logo, não faz sentido algum ver nessa ordem apenas uma arbitrariedade de Deus. Se Deus não quer separação no casamento é porque deseja nos proteger. Por isso, devemos ser gratos a Deus. E como toda gratidão requer também planejamento, devemos fazer escolhas sensatas. Muitos, por causa da liberdade do divórcio, já entram no casamento com a ideia ‘Se não der certo, separo’. E, assim, casam com o primeiro que aparece. Por outro lado, quem já está casado deve saber que casamento não é objeto que se compra e deixa para lá. Não. Casamento é um investimento constante, constante no amor, no carinho, na procura da compreensão do outro e no crescimento comum. Mas é sobretudo uma graça de Deus. – Senhor Deus, obrigado pela felicidade que nos deste no casamento. Ajuda a todos a mantê-la. Quanto àqueles que a perderam, ajuda-os a recuperá-la. Amém (Martinho Lutero e Iracy Dourado Hoffmann – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite