Terça, 27 de novembro de 2018


(Ap 14,14-19; Sl 95[96]; Lc 21,5-11) 
34ª Semana do Tempo Comum.

“Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isso? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?’” Lc 21,7.

“O triste e trágico anúncio de Jesus a respeito do templo, que não ficaria pedra sobre pedra (Lc 21,6), provoca uma pergunta de esclarecimento da parte dos discípulos. Eles pedem detalhes sobre a data do acontecimento e sobre o eventual ‘sinal’ que poderá precedê-lo. Jesus havia falando do templo e de sua estrutura. É evidente que a pergunta dos discípulos se refira a este. Jesus diz ignorar o dia e a hora do desastre anunciado, mas adverte que será uma terrível chaga que porá à dura prova a fé e a vida dos fiéis. Não se trata só de superar as insídias dos inimigos, sempre bem perceptíveis, mas as dos próprios companheiros de fé, gente que se apresenta e fala ‘em nome de Cristo’ (v. 8). Mesmo com este ‘nome’ na mente ou na boca, pode alguém enganar-se, dizer despropósitos, e até blasfemar. Seria o erro mais grave a se cometer. Os ataques a descoberto, por parte dos adversários, podem ser identificados e combatidos. Em momentos de crise, de grave confusão, há sempre quem tem respostas prontas para resolver ‘milagrosamente’ as dificuldades. A destruição do templo, orgulho da nação judaica, se insere num quadro mais amplo de ‘acontecimentos’ bélicos e telúricos. Haverá perturbações, revoluções ‘em diversos lugares’ e ‘grandes sinais vindos do céu’. São afirmações claras, mas que não podem ser tomadas ao pé da letra sem ter presente a natureza e os artifícios da linguagem profético-apocalíptica. – Jesus, em meio ao desabar de tantas construções humanas, sereis sempre nosso verdadeiro e único libertador. Ajudai-nos, Senhor, para não sucumbirmos. Amém (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus (1995) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite