Sexta, 30 de novembro de 2018


(Rm 10,9-18; Sl 18[19A]; Mt 4,18-22) 
Santo André, Apóstolo.

“É crendo de coração que se obtém a justiça, e é confessando em palavras que se chega à salvação”
Rm 10,10.

Paulo personifica a justificação cristã. Dirige-se pessoalmente aos judeus para lhes mostrar que têm a seu alcance a fé em Jesus Cristo com seus maravilhosos efeitos, e que serão, portanto, culpados se não aceitarem. Neste mesmo capítulo (v. 6-7), Paulo cita Deuteronômio (30,11-14): ‘quem subirá ao céu... quem descerá ao abismo’. São palavras que ele aplica à lei mosaica, para mostrar que não é impossível pô-la em prática. O apóstolo cita-as para demonstrar aos israelitas podem facilmente aderir a Jesus Cristo e receber a justificação. Não é preciso ir ao céu para busca-lo porque ele desceu à terra. Nem é necessário ir procura-lo na morada dos mortos, porque ressuscitou. O erro de Israel consiste em ter procurado justificar-se a si mesmo pelas obras da Lei (v. 30-32), desconhecendo que a própria Lei exigia a justiça pela fé em Cristo (10,4-9). A salvação destina-se a todos, tanto judeus como pagãos, que creram e invocaram a Cristo (10-13), anunciado pelos pregadores do Evangelho. Israel é culpado de obstinação (10,16-21), pois ouviu a pregação de fé e a repeliu. Os pagãos, porém, apesar de sua incompreensão e de seu afastamento de Deus, atenderam ao anúncio da Boa-Nova e creram. Mas embora Israel tenha sido infiel à mensagem dos profetas e do Evangelho (10,14-21), Deus continua fiel a Israel: conserva para si um ‘resto’ que lhe foi fiel, apesar da obstinação de grande parte do povo” – Senhor Jesus, ajudai-nos a crer de coração. Que nossa fé não seja apenas de palavras, mas transpareça sempre, de modo particular na prática da caridade fraterna. Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus (1995) – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite