Terça, 13 de novembro de 2018


(Tito 2,1-8.11-14; Sl 36[37]; Lc 17,7-10) 
32ª Semana do Tempo Comum.

“Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’” Lc 17,10.

“Quem nunca gostou de ouvir um ‘muito obrigado’? Por acaso pais não têm sido estimulados a agradecer aos seus filhos quando eles fazem o que lhes é ordenado? Filhos, por outro lado, não ficaram felizes ao ouvirem, da parte dos pais, um agradecimento? E isso não vale também para os pais? Interessante é que Jesus diz aos cristãos, a exemplo do servo, não devem esperar agradecimento porque, na verdade, tudo o que fazem nada mais é do que sua obrigação, pois receberam ordem para tal. Nos tempos de Jesus havia, entre o povo de Israel, tendo como base os ensinamentos rabínicos, a expectativa de que Deus sempre recompensaria quem lhe fosse obediente. Ao usar esta parábola, Ele deixa claro aos seus discípulos que a realização de coisas ordenadas pelo próprio Deus não seriam respondidas com um muito obrigado ou, então, obrigatoriamente com uma bênção especial. Deus pode abençoar o servir fiel de seus filhos? Claro que sim. Mas fazer coisas no Reino de Deus na expectativa de receber graças, não é isso que Jesus aqui ensina. Por isso, convém de novo examinarmo-nos com respeito ao nosso servir a Deus. Servirmos ao Senhor Deus com a expectativa de recebermos dele alguma recompensa? Queremos ser honrados, queremos que nosso nome seja engradecido, ou ao fazermos as coisas que Deus espera da gente procuramos engrandecer o nome daquele que nos amou primeiro, daquele que nos salvou através da obra redentora de seu Filho? Que o amor de Deus continue a ser a mola propulsora de nosso agir em sua Igreja. Amém. – Bondoso Deus, reconheço que muitas vezes estou fazendo o que faço na esperança de receber algo de ti. Perdoa-me, Senhor, e ajuda-me para que eu, movido por teu amor, aja com alegria e gratidão, pelo que já fizeste por mim ao longo de minha vida. Amém”  (Egon Martim Seibert – Meditações para o dia a dia (2015) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite