Sexta, 16 de novembro de 2018


 (1Jo 4-9; Sl 118[119]; Lc 17,26-37) 
32ª Semana do Tempo Comum.

“O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do homem for revelado. Nesse dia, quem estiver no terraço não desça para apanhar os bens que estão em casa” Lc 17,30-31a.

“Esperar é sempre cansativo. Assim se passa com a segunda vinda de Jesus. Ao alertar os discípulos sobre a segunda vinda do Filho do Homem, Jesus retoma antigas histórias onde o gozo materialista da vida impedia que a humanidade se desse conta dos apelos prementes de Deus, gerando um perigoso torpor no coração dos cristãos. Porém, o desconhecimento do dia e da hora não podia justificar uma vida incompatível com a condição de discípulo do Reino. Dois exemplos do passado serviram de parábola para o presente. Por ocasião do dilúvio, apesar das admoestações divinas, a humanidade insistiu no seu caminho de iniquidade, até que veio o castigo. Fato semelhante aconteceu quando da destruição de Sodoma. Contaminados pelo pecado, seus habitantes viveram na insensata ilusão das orgias. Seu fim foi a destruição pelo fogo. Por nenhum motivo o discípulo de Jesus pode bandear-se para o pecado como se sua atitude fosse sem consequências. Portanto, supervalorizar os bens terrenos, julgando encontrar neles segurança e salvação, é uma atitude indigna do discípulo do Reino. A preparação para o encontro com o Senhor exige desapego, partilha, relativização dos bens deste mundo, de modo que seu coração fique totalmente disponível para Deus. Afinal, o julgamento divino antecipa-se, e acontece no dia a dia, vivido na fidelidade a Deus e ao seu Reino. Aí, já se constrói a salvação. – Espírito de vigilante alerta, mantém-me sempre preparado para o advento do Senhor, vivendo, no meu dia a dia, a misericórdia que me assemelha ao Pai” (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia (2017) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite