Sexta, 02 de novembro de 2018 – Finados.


Para esse dia a liturgia oferece uma gama de textos que podem ser escolhidos pelo celebrante. Tomamos para nossa reflexão Ap 14,13:
 “Ouvi uma voz que dizia: ‘escreve: felizes os mortos que morrerem no Senhor de agora em diante – sim, diz o Espírito – para descansarem de seus trabalhos, pois suas obras os seguem”.

“Na comemoração dos fiéis defuntos somos convidados a estender nossa fraternidade aos irmãos falecidos, pedindo ao Senhor que, em sua misericórdia, lhes conceda, quanto antes, a felicidade dos que nele morrem, o descanso por seus trabalhos e fadigas, o prêmio por suas obras. A comemoração impele-nos também a caminhar na fé e na caridade. Aviva nossa esperança. Uma esperança tão forte e de tal modo impressa em nossos corações que é capaz de afastar todos os receios, até mesmo o da morte. Para o cristão, a morte não é um fim absoluto ou decisivo. É apenas a conclusão de uma etapa da vida – a existência terrena – e início de outra etapa completa e definitiva, a da vida eterna. A primeira deve ser preparação para a segunda. Daí a necessidade de, na penumbra da vida terrena, caminharmos sempre à luz da fé, para que nossos passos não vacilem na peregrinação para a eternidade. Este é o projeto que Cristo nos deixou: projeto cheio de esperança, fundamento de nossa alegria e de nossos compromissos de fraternidade. Não nos é ´possível ver a Deus nesse mundo. Precisamos morrer para vê-lo. Eis porque a morte, à luz da fé cristã, se ilumina de extraordinária perspectiva. É com esperança que os cristãos celebram esse dia de recordação e de dor. – Senhor, a certeza de que nos esperais é que nos leva a compreender que vale a pena viver e vale a pena morrer. Aumentai, Senhor, a nossa fé. Amém”  (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus (1995) – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite