Quinta, 8 de novembro de 2018

(Fl 3,3-8; Sl 104[105]; Lc 15,1-10) 
31ª Semana do Tempo Comum.

“Os fariseus, porém, e os mestres da lei criticavam Jesus: ‘Este homem acolhe os pecadores e faz refeições com eles’” Lc 15,2

“Não tentes distinguir o que é digno daquilo que não é. Sejam todos os homens iguais a teus olhos, para amar e servir. Assim poderás leva-los todos ao bem. Não partilhou o Senhor a mesa dos publicanos e das prostitutas, sem afastar de si os indignos? Assim tu concederás os mesmos benefícios , as mesmas honras ao infiel, ao assassino, tanto mais que ele também é um irmão para ti, pois participa da mesma natureza humana. Eis, meu filho, um mandamento que te dou: em tua balança pese mais a misericórdia, e sentirás em ti a misericórdia que Deus experimenta pelo mundo. Quando é que o homem reconhece que seu coração atingiu a pureza? Quando ele considera todos os homens como bons sem que nenhum lhe pareça impuro e manchado. É então que ele é verdadeiramente puro de coração. O que é a pureza? Em poucas palavras, é a misericórdia do coração em relação em relação ao universo inteiro. E o que a misericórdia do coração? É a chama que o abrasa por toda a criação, pelos homens, pelos pássaros, pelos animais, pelos demônios, por todo ser criado. Quando pensa neles ou quando os olha, o home  sente os olhos encher-se de lágrimas duma profunda e imensa piedade que lhe toma o coração e o trona incapaz de tolerar, de ouvir, de ver o menor mal ou a menor aflição sofrida por uma criatura. É por isso que a oração acompanhada de lágrimas se estende a toda hora aos seres desprovidos da palavra e aos inimigos da verdade, ou aos que lhe causam dano, para que eles sejam guardados e purificados. Uma compaixão imensa e sem limites nasce no coração do homem e ao assimila a Deus” (Isaac, o Sírio – Só o amor é criador – Leituras do Povo de Deus – Editora Beneditina). 

Pe. João Bosco Vieira Leite