Quinta, 22 de novembro de 2018


(Ap 5,1-10; Sl 149; Lc 19,41-44) 
33ª Semana do Tempo Comum.

“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos!” Lc 19,42.

“Jerusalém tornaram-se símbolos da obstinação de um povo sem disposição para ouvir os apelos de conversão que lhe eram dirigidos pelo Messias. O Templo fora transformado em casa de câmbio e lugar de exploração dos pobres. O culto estava longe de agradar a Deus, por se reduzir a mera exterioridade. O sacerdócio perdera sua característica própria, para se tornar objeto de disputa. Os peregrinos eram vistos como meio de enriquecimento de um grupo de aproveitadores. Por isso, o Filho de Deus não reconhecia mais aquela cidade e o Templo como lugares de habitação de seu Pai. A visita de Jesus a Jerusalém, símbolo da presença de Deus no meio do povo, lugar de peregrinação dos fiéis de todos os cantos do mundo, evocação da longa história de amor do Senhor por Israel, foi a derradeira chance que Jesus lhe ofereceu para se converter. As duras palavras que Jesus usa contra Jerusalém, a cidade santa, seguem os rumos da antiga pregação profética. Entretanto, as palavras proféticas caíram no vazio. O povo não lhes deu atenção. Jesus fica comovido ao contemplar a cidade santa de Jerusalém, mais do que com lágrima, com soluços e gritos, como sugere o termo grego, é um claro indício da gravidade da situação. Foi um apelo quase desesperado à conversão. Se ela fosse capaz de compreender que estava sendo visitado pelo mensageiro da paz, haveria de ser solícita em converter-se. Se tivesse usado o bom-senso, teria obtido a salvação. Mas como se manteve obstinada no seu pecado, só lhe restava preparar-se para o castigo iminente. O povo não lhes deu atenção. Sua dureza de coração fez com que os designíos de Deus se mantivessem ocultos para ela. – Pai, dá-me o bom-senso de dar ouvido a Jesus e converter-me conforme os seus apelos (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia (2017) – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite