(Rm 10,9-18; Sl 18[19A]; Mt 4,18-22)
Santo André, Apóstolo.
“É crendo de coração
que se obtém a justiça, e é confessando em palavras que se chega à salvação”
Rm 10,10.
Paulo personifica a
justificação cristã. Dirige-se pessoalmente aos judeus para lhes mostrar que
têm a seu alcance a fé em Jesus Cristo com seus maravilhosos efeitos, e que
serão, portanto, culpados se não aceitarem. Neste mesmo capítulo (v. 6-7),
Paulo cita Deuteronômio (30,11-14): ‘quem subirá ao céu... quem descerá ao
abismo’. São palavras que ele aplica à lei mosaica, para mostrar que não é
impossível pô-la em prática. O apóstolo cita-as para demonstrar aos israelitas
podem facilmente aderir a Jesus Cristo e receber a justificação. Não é preciso
ir ao céu para busca-lo porque ele desceu à terra. Nem é necessário ir
procura-lo na morada dos mortos, porque ressuscitou. O erro de Israel consiste
em ter procurado justificar-se a si mesmo pelas obras da Lei (v. 30-32),
desconhecendo que a própria Lei exigia a justiça pela fé em Cristo (10,4-9). A
salvação destina-se a todos, tanto judeus como pagãos, que creram e invocaram a
Cristo (10-13), anunciado pelos pregadores do Evangelho. Israel é culpado de
obstinação (10,16-21), pois ouviu a pregação de fé e a repeliu. Os pagãos,
porém, apesar de sua incompreensão e de seu afastamento de Deus, atenderam ao
anúncio da Boa-Nova e creram. Mas embora Israel tenha sido infiel à mensagem
dos profetas e do Evangelho (10,14-21), Deus continua fiel a Israel: conserva
para si um ‘resto’ que lhe foi fiel, apesar da obstinação de grande parte do
povo” – Senhor Jesus, ajudai-nos a crer de coração. Que nossa fé não
seja apenas de palavras, mas transpareça sempre, de modo particular na prática
da caridade fraterna. Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças
a Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite