Terça, 4 de setembro de 2018


(1Cor 2,10-16; Sl 144[145]; Lc 4,31-37) 
22ª Semana do Tempo Comum.

“As pessoas ficavam admiradas com o ensinamento, porque Jesus falava com autoridade” Lc 4,32.

“Ele ensinava com pequenos e grandes gestos. Ensinava com palavras e com o silêncio. Ensinava com ações concretas. Ensinava com atitude. Ensinava como quem possui autoridade. Fazia sentido o que Ele dizia. Havia coerência entre seus gestos e suas palavras. Nada era gratuito ou em vão. Havia conteúdo, convicção, profundidade. Sabia o que falava, porque, quando e para quem falava. Também sabia quem era, o que fazia e porquê. Sabia o momento de agir (cf. Lc 4,31-37) e também o de nada fazer. Penso que nós, evangelizadores, também devemos responder claramente estas perguntas: Quem somos? O que queremos e para quê? O que fazemos e para quem? Quais são os nossos objetivos? Devemos sempre avaliar nosso testemunho, rever nossa prática. Sem isso, nossa profecia será bastante artificial, um jogo de ilusão e vaidade. Sem essa clareza, haverá muito discurso, mas pouco conteúdo; muita informação, mas pouca prática; muito marketing, mas pouca verdade. Penso que, de alguma forma, Jesus respondeu estas perguntas. Sabia quem era (o Filho amado), o que queria (fazer a vontade do Pai), e onde queria chegar (para que todos sejam um). Se quisermos que o nosso testemunho seja levado mais a sério ou que a nossa missão seja frutuosa, devemos responder estas e muitas outras perguntas. Senão, seremos meros repetidores de mais uma doutrina, entre tantas outras que existem por aí. – Eu jurei e sustento: observar as tuas justas normas. Minha vida está sempre em perigo, porém não esqueço da tua vontade. Aplico o meu coração em praticar os teus estatutos; essa é minha recompensa para sempre. Eu detesto os corações divididos e amo a tua vontade (cf. Sl 119,106s) (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite